Como já era esperado, a crise de coronavírus começou a semana derrubando bolsas e índices ao redor do mundo, revelando pouca eficácia nos esforços globais de conter a crise que já tem paralelo com a de 2008.
Depois do governo Donald Trump anunciar corte de taxas para quase zero no fim de semana, as bolsas norte-americanas também abriram em enorme queda e suspenderam negócios.
No Brasil, o Ibovespa acionou o quinto circuit breaker em uma semana, feito inédito nas negociações no Brasil, escancarando a crise que deve se agravar com a disseminação do coronavírus e a postura do presidente da república, Jair Bolsonaro, que é duramente criticado por não admitir a gravidade da pandemia e ter se exposto em eventos públicos de teor radical no último domingo. A atitude de Bolsonaro foi condenada pelo seu próprio Ministério da Saúde.
Na reabertura depois da suspensão, o Ibovespa voltou em queda de 14%, perdendo toda a recuperação da última sexta-feira. Foi a quinta suspensão em 6 pregões na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. As maiores quedas são das empresas de viagens, com a Azul perdendo mais de 27% e a Gol mais de 23% no momento.
Já o dólar opera em alta também expressiva, já batendo R$ 4,98 na abertura.
Enquanto isso, o Bitcoin acumula queda de 13% no preço internacional, cotado no momendo a US$ 4.648, segundo o Cointelegraph Markets. Em real, as perdas são acentuadas pela alta do dólar, chegando agora a uma baixa de 8,44%, vendido a R$ 25.450.
Como noticiou o Cointelegraph, o derretimento dos mercados está levando a aumento de participação de mercado das altcoins, que valorizam na contramão do mercado.
Além disso, uma análise de mercado desta segunda-feira revelou que, mesmo sem circuit breaker, o Bitcoin tem se comportado bem diante dos desafios da crise.