Os golpes com canais falsos do YouTube com transmissões falsas de artistas consagrados chegaram ao Brasil, como informa o G1. 

Diande da pandemia de Coronavírus, a impossibilidade da reunião de aglomerações levou a maior parte dos cantores e músicos brasileiros a recorrer ao YouTube e ao Instagram para transmitir shows de forma mais informal e com formação reduzida.

Uma série de marcas também se uniu aos artistas para ajudar a produzir as transmissões, que muitas vezes arrecadam doações dedicadas a instituições de combate ao Coronavírus.

Pois é exatamente aqui que os golpistas atuam. Os criminosos criam canais falsos no YouTube ou sequestram originais, disponibilizando as transmissões dos artistas, mas trocando o QR Code e as contas das doações por outras, controladas pelos golpistas.

Segundo o G1, desde a primeira "Live" do cantor sertanejo Gusttavo Lima, em 28 de março, as "lives fakes" começaram a pipocar no YouTube. Os canais do YouTube reproduzem o sinal ao vivo da transmissão oficial.

Apesar de em um primeiro momento os canais apenas "roubassem" visualizações dos originais, entre 8 e 12 de abril eles teriam usado dados falsos para doações que seriam destinadas a famílias afetadas pela pandemia de Coronavírus.

Logo depois, por uma ação dos próprios artistas, as lives fakes começaram a sumir do YouTube. O presidente da Universal Music, uma das maiores gravadoras do país, Paulo Lima, disse ao G1 na época:

"Nós trabalhamos com o YouTube para derrubar essas lives. O YouTube implementou um sistema automático para derrubar todas essas retransmissões ilegais. Esperamos que isso logo acabe"

Já o YouTube disse que as reivindicações de direitos autorais "cabem aos proprietários do material", por meio de nota.

Na semana passada, chamou atenção da criptoesfera um golpe aplicado no YouTube com a criação de canais falsos da SpaceX, de Elon Musk. Os golpistas teriam roubado cerca de US$ 150.000 em BTC em transmissões falsas prometendo brindes em criptomoeda.

Ainda em fevereiro, o portal Tecnoblog também alertava que canais brasileiros do YouTube eram alvo de hackers, que sequestravam as contas para promover golpes para a audiência, muitas vezes usando Bitcoin.

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