Embora a Rússia continue a impor a proibição de pagamentos em criptomoedas como parte de uma lei que entrou em vigor em janeiro, o país não tem planos no momento de proibir completamente o comércio das mesmas por seus cidadãos.

De acordo com um relatório da terça-feira da agência de notícias local Interfax, Alexey Moiseev, o vice-ministro das Finanças da Federação Russa, disse acreditar que os cidadãos russos continuarão a ter permissão para comprar e usar criptomoedas fora do país em bolsas estrangeiras sem a ameaça de ação legal em casa. Pagamentos em criptomoedas no país estão atualmente proibidos, mas os russos foram autorizados a comprar e negociar criptomoedas como Bitcoin (BTC).

“Os cidadãos russos podem ter uma carteira aberta fora da Federação Russa, mas se eles operarem dentro da Federação Russa, eles estarão sujeitos a proibições, acredito, por todo o futuro previsível, devido à nossa soberania financeira”, disse Moiseev.

O vice-ministro das finanças acrescentou que os legisladores ainda precisam definir corretamente as moedas digitais e a tecnologia de blockchain no código civil da Rússia. O governo russo afirmou que aceitar o Bitcoin como moeda oficial poderia impactar negativamente o sistema financeiro e econômico do país.

A posição da Rússia contrasta com a da China, onde as instituições financeiras e regulatórias têm emitido repetidamente declarações e políticas anti-criptomoedas. Mais recentemente, o Banco Popular da China declarou que todas as transações em criptomoedas no país eram ilegais e, antes disso, os mineradores em várias províncias fugiram quando confrontados com uma repressão às suas operações.

No entanto, certas autoridades russas alegaram que o uso de um rublo digital emitido pelo banco central do país não representaria os mesmos riscos financeiros que o BTC e outras criptomoedas. Anatoly Aksakov, presidente do Comitê de Mercados Financeiros da Duma do Estado Russo, disse no ano passado que a moeda digital do banco central russo poderia se tornar parte integrante dos acordos nacionais em 2024.

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