Preso desde o último dia 6, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho pode deixar a prisão no Paraguai devido a pandemia causada pelo coronavírus em todo o mundo - a informação é do portal R7.
Segundo a publicação, a doença é citada no recente pedido de mudança do regime de prisão do jogador brasileiro. Caso o pedido seja deferido pela Justiça paraguaia, Ronaldinho e seu irmão Assis devem ser colocados em regime de prisão domiciliar.
Os advogados dos irmãos apresentaram um novo pedido de prisão domiciliar envolvendo a preocupação com a propagação do coronavírus. Este é o quarto pedido de relaxamento de regime entregue pela defesa da dupla presa com passaportes falsos.
Além da prisão no Paraguai, o nome de Ronaldinho Gaúcho ainda está ligado a um esquema com criptomoedas que fez vítimas em todo o país. A empresa, chamada até então como Ronaldinho 18K, contava com a imagem e divulgação do esquema por parte do jogador.
Uma recente condenação também cita que ele e o irmão respondem judicialmente pela morte de um eletricista em 2010.
Ronaldinho Gaúcho está preso no Paraguai
A situação do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho é considerada preocupante. Acusado de portar passaporte falso, a estrela do futebol brasileiro foi detida no início de março de 2020.
Com Ronaldinho também estava Assis, empresário e irmão do craque. Os dois estavam com passaporte falsos e encontram-se detidos na Agrupácion Especializada da Policia Nacional.
Três tentativas de mudança no regime de prisão do jogador foram negadas pelo país que faz divisa com o Brasil. Na quarta solicitação, o coronavírus pode ser a “esperança” encontrada pelo futebolista para sair de trás das grades, respondendo pelas acusações em liberdade.
Assim como é o caso de outros detentos, os dois poderiam ser libertos mediante uma decisão judicial. Porém, o caso da dupla tem chances de não ser deferido novamente.
Utilizando a mesma premissa para os pedidos anteriores que foram negados, as autoridades paraguaias temem pela fuga dos irmãos após a prisão domiciliar ser concedida, e podem negar a solicitação
Em prisão domiciliar, existe a chance do jogador e o irmão deixar o país ilegalmente. Em solo brasileiro, os dois não poderiam ser extraditados para responder aos crimes cometidos no Paraguai, por exemplo.
Ronaldinho Gaúcho está detido desde o último dia 6 de março. Além de passaportes adulterados, cédulas de identidades falsificadas estavam em posse da dupla encarcerada.
Recentemente, o ex-craque completou 40 anos. Os detentos fizeram um churrasco para Gaúcho que espera sair da prisão preventiva para cumprir o regime domiciliar.
Golpe com Bitcoin e morte de eletricista
Além de problemas no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho responde por envolvimento em outros delitos no Brasil. Dentre eles, o jogador é acusado de envolvimento com um esquema de criptomoedas, por exemplo.
Somente em um dos processos sobre esse negócio com criptomoedas, o embaixador de turismo do governo Bolsonaro é processado em uma ação que pede R$ 300 milhões. O investidor que move a ação caiu no golpe e cita que foi convencido a entrar no esquema após ver o jogador atuando na divulgação da plataforma.
Outros processos envolvem o Ronaldinho Gaúcho e a empresa 18K, que recentemente deixou de usar o nome do craque. Mas, além desse esquema com criptomoedas, Ronaldinho e o irmão foram condenados pela morte de um eletricista.
O profissional trabalhava em uma propriedade dos irmãos quando perdeu a vida em um acidente de trabalho. O caso aconteceu em 2010, mas somente dez anos depois que a condenação foi publicada.
O jogador e o irmão devem pagar R$ 150 mil em indenização para a família do eletricista que morreu, além de pensão para as filhas do trabalhador.
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