O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite sancionou esta semana, o Projeto de Lei (PL) 63/2024, de autoria da deputada estadual Delegada Nadine (PSDB).
Ao contrário de El Salvador, cujo movimento de adoção do Bitcoin começou como uma ação do Estado, em Rolante a iniciativa partiu da comunidade bitcoiner; de entusiastas como Para Ricardo Stim, do movimento Bitcoin é Aqui em Rolante.
Autora do PL, a Delegada Nadine explicou que Rolante tem se destacado como um polo de inovação no uso de criptomoedas. Com aproximadamente 500 CNPJs no setor varejista, a cidade conta atualmente com 194 estabelecimentos que aceitam Bitcoin como forma de pagamento.
“Esses números são impressionantes e superam grandes centros urbanos, como Porto Alegre, que possui 104 pontos de aceitação, e São Paulo, com apenas 42, de acordo com o btcmap.org, o mapa ‘oficial’ do Bitcoin”, destacou.
A parlamentar tucana também ressaltou que Rolante se orgulha de sediar o Bitcoin Spring Festival.
“O evento anual reúne entusiastas, empreendedores e líderes da indústria para debater os avanços e desafios da criptomoeda. A cidade, que já ocupa uma posição de destaque na comunidade global do Bitcoin, consolida sua importância com a realização desse festival”, observou.
De acordo com a deputada, outro aspecto que reforça a relevância de Rolante no cenário das criptomoedas, segundo a Delegada Nadine, é a adoção nativa do Bitcoin pelos habitantes.
Diferente de outras localidades, onde intermediários convertem automaticamente o Bitcoin em moeda fiduciária, em Rolante os cidadãos e comerciantes utilizam diretamente a criptomoeda, demonstrando uma compreensão mais avançada e prática sobre seu uso como forma legítima de pagamento.
Rolante inspira outras cidades
O exemplo de Rolante começa a inspirar outras cidades, como Santo Antônio do Pinhal, um pequeno município no interior de São Paulo. No local, o projeto de adoção do Bitcoin é uma iniciativa da comunidade Bitcoin Amantikir, do terapeuta holístico Pedro Fadida.
Investidor desde 2019, Fadida buscou apoio e orientação na comunidade “Bitcoin é Aqui”, responsável pela construção de uma rede de 209 estabelecimentos comerciais “amigáveis ao Bitcoin” em Rolante.
Após realizar uma mentoria com os líderes da “Bitcoin é Aqui", Fadida buscou apoio da Associação Comercial e Turística de Santo Antônio do Pinhal (Acasap) para viabilizar o projeto.
A adesão foi imediata, pois Jefferson Neves, presidente da associação, já reconhecia o potencial do Bitcoin para alavancar o turismo por meio de iniciativas focadas na comunidade global de criptomoedas.