A empresa de análise de dados on-chain Chainalysis tentou colocar o colapso do FTX em perspectiva, comparando o topo de perdas semanais realizadas após o colapso da exchange em comparação com os principais crashes da indústria em em 2022.
O relatório publicado em 14 de dezembro constatou que a perda da paridade com o dólar do Terra USD (UST) em maio registrou um pico de perdas semanais realizadas de US$ 20,5 bilhões, enquanto o colapso subsequente da Three Arrows Capital e da Celsius em junho registrou um pico de perdas semanais de US$ 33 bilhões.
Em comparação, as perdas semanais realizadas durante a saga da FTX atingiram US$ 9 bilhões na semana iniciada em 7 de novembro e vêm se reduzindo semanalmente desde então.
1/ Our data suggests that FTX’s demise hasn’t been crypto investors’ biggest issue this year. Both the depegging of Terra’s UST token & the collapse weeks later of Celsius & Three Arrows Capital (3AC) drove much bigger realized losses. https://t.co/tWpX9qjY6o pic.twitter.com/TI2eJSVXaW
— Chainalysis (@chainalysis) December 14, 2022
1/ Nossos dados sugerem que o fim da FTX não foi o maior problema dos investidores de criptomoedas este ano. Tanto a desvalorização do token UST do Terra quanto o colapso semanas depois da Celsius e do Three Arrows Capital (3AC) geraram perdas realizadas muito maiores.
— Chainalysis (@chainalysis)
O relatório da Chainalysis disse que os dados sugerem que, quando o desastre da FTX ocorreu em novembro, os investidores já haviam sido atingidos pelos eventos cripto “mais pesados” deste ano.
“Os dados [...] sugerem que, naquele momento, os eventos [criptográficos] de maior impacto já haviam sido deixados para trás pelos investidores quando o desastre da FTX ocorreu.”
A empresa de análise calculou o total de perdas realizadas observando as carteiras individuais e medindo o valor dos ativos quando eles foram adquiridos e subtraindo o valor desses ativos no momento em que foram enviados para outras carteiras.
No entanto, os dados ainda podem ter superestimado as perdas realizadas, pois contavam qualquer transferência de uma carteira para outra como um evento de venda. A Chainalysis também observou que o gráfico não leva em consideração outras estatísticas, como fundos de usuários armazenados na FTX que estão congelados no momento.
“Não podemos assumir que qualquer criptomoeda enviada de uma determinada carteira será necessariamente liquidada, então pense nesses números como um limite superior para ganhos realizados de uma determinada carteira”, explica o relatório
Enquanto os dados da Chainalysis cobrem perdas realizadas, a plataforma de análise on-chain CryptoQuant compartilhou recentemente dados sobre como as perdas líquidas não realizadas de Bitcoin (BTC) foram impactadas pelo colapso do FTX.
Descobriu que as perdas não realizadas para BTC atingiram o máximo de -31,7% após o colapso da FTX em comparação com o colapso da 3AC/Celsius e do Terra Luna, que atingiram apenas -19,4%.
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A empresa de análise de dados on-chain Glassnode também destacou o alto nível de perdas não realizadas após o colapso da FTX em uma postagem publicada no Twitter em 17 de novembro, comparando-o com o pico de -36% observado durante o mercado de baixa de 2018.
#Bitcoin Long-Term Holders are currently experiencing acute financial stress, holding an average of -33% in unrealized losses.
— glassnode (@glassnode) November 17, 2022
This is comparable to the lows of the 2018 bear market, which saw a peak unrealized loss of -36% on average.
Chart: https://t.co/qIGAxtSyGZ pic.twitter.com/BBtbOtApy1
Os detentores de longo prazo do #Bitcoin estão atualmente enfrentando um estresse financeiro agudo, mantendo uma média de -33% em perdas não realizadas.
Isso é comparável às mínimas do mercado de baixa de 2018, que teve um pico de perda não realizada de -36% em média.
Gráfico: https://t.co/qIGAxtSyGZ
— glassnode (@glassnode)
Os lucros ou perdas associados a um investimento são considerados não realizados até ao momento da alienação do investimento. O ato de vender “realiza” essas perdas ou ganhos. Perdas não realizadas também são conhecidas como perdas de papel.
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