A CryptoCompare atualizou seu ranking de exchanges de criptomoedas, que serve como um benchmark cujo objetivo é apontar as empresas mais seguras do ramo no mundo, e apontou que a maioria delas não têm licença e que grande parte do volume de criptomoedas negociado no mundo vem de empresas consideradas “ruins”.

O levantamento da CryptoCompare ordena as exchanges de acordo com o risco de cada uma sofrer hacks e outras fraudes, e utiliza critérios como análise da equipe de tecnologia, qualidade de seus mercados, localização geográfica, status legal e fornecimento de dados, entre outros.

O novo relatório constatou que 3% das exchanges ativas foram invadidas ou fraudadas no ano passado.

Os ataques envolvem grupos conhecidos de hackers - incluindo um supostamente ligado ao governo da Coreia do Norte - e afetam não apenas exchanges de criptomoedas, mas também bancos.

Segundo o levantamento, apenas 4% das exchanges oferecem algum tipo de seguro para compensar possíveis fraudes em suas plataformas.

O relatório também descobriu que apenas 30% das plataformas de negociação possuem licença e apenas 16% garantem mais de 95% de seus fundos em carteiras frias (“cold wallets”). 

A CryptoCompare também constatou que as exchanges de "primeira linha" - classificadas com notas entre AA a B - são responsáveis por apenas 27% do volume global de negociações, enquanto as exchanges de categoria inferior - classificadas com notas entre C e E -, movimentaram os outros 73% no quarto trimestre de 2019.

O relatório classifica mais de 160 exchanges ativas em todo o mundo, atribuindo-lhes uma nota para ajudar os usuários a identificar a melhor plataforma de negociação de criptomoedas no mundo. 

A corretora japonesa itBit, que também possui autorização para operar nos EUA, ficou com o primeiro lugar no ranking, seguida por Gemini, Coinbase, Kraken e Bitstamp.

A famosa Binance, que anunciou a expansão das suas operações no Brasil, ocupa o 12º lugar da lista.