Em um ano, pobre, em um sub emprego, falido e com 1 milhão em dívidas, pouco tempo depois, investidor e milionário, essa é a história do brasileiro, servente de pedreiro, Lerry Granville, que depois de perder tudo, inclusive o apartamento onde vivia, recomeçou a vida investindo em leilão de imóveis.
Granville contou sua história ao portal Seu Dinheiro e revelou que conheceu o mercado de leilão de imóveis da pior forma possível: quando seu apartamento foi a leilão por não conseguir pagar as dívidas que tinha assumido.
Assim, falido e sem dinheiro para pagar um advogado, o então servente de pedreiro passou a acompanhar todo o processo do apartamento no fórum de Porto Alegre e entendeu que havia uma grande oportunidade naquele mercado.
Foi então que o servente de pedreiro reuniu uma grana e começou a “garimpar” seus próprios leilões e contou que na época este era um mercado ainda muito desconhecido e milhares de imóveis iam a leilão e poucas pessoas ficavam sabendo.
"Para você ter ideia, já vi a procura ser tão baixa em alguns leilões, que eles permaneciam quase vazios no dia da arrematação”, contou.
Hoje, Granville revela que já arrematou cerca de 190 imóveis e deixou de vez as dívidas e o trabalho como servente de pedreiro para se aperfeiçoar no mercado e se formar em Direito e Marketing pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Riscos
A história de Granville é motivadora mas não é a regra do mercado mesmo que imóveis representam cerca de 90% dos bens retomados pelos bancos para pagamento de dívidas, investir em leilão de imóveis também tem seus riscos e, da mesma forma que no mercado de criptomoedas, a regra básica é quanto mais riscos, maior a chance de alto retorno.
Os leilões podem oferecer até 70% de desconto do valor de mercado de um imóvel, mas não é só 'comprar e levar', há diversos detalhes que os compradores precisam analisar antes de arrematar um imóvel neste segmento.
Há casos inclusive em que os leilões são indevidos e abrem brechas jurídicas que podem levar à anulação e, nestes casos, até que haja uma definição na Justiça, o dinheiro pago pela propriedade fica em poder do banco.
Isso sem contar que, em muitos casos, o imóvel vai a leilão mas os moradores continuam no local e o despejo fica por conta de quem arrematar o imóvel, além das dívidas do imóvel, percentual de comissão do leiloeiro e eventuais outros custos jurídicos.
Desta forma, tudo somado, o valor total pode chegar ou até ultrapassar o valor de mercado.
Blockchain
Mas para quem deseja se aventurar no setor a tecnologia blockchain pode ajudar os investidores já que uma das plataformas que vem ganhando destaque no setor, a Resale, já usou a tecnologia do Bitcoin para vender mais de 13 mil imóveis no Brasil provenientes de diversos processos e recuperados por bancos como Caixa, Banco do Brasil e BTG Pactual.
Os imóveis que estão disponíveis na plataforma da Resale possuem blockchain integrado em seu processo de venda graças a uma parceria da empresa com a fintech curitibana Wuzu especialista na criação de exchanges de Bitcoin e criptomoedas.
Resale leva ao consumidor final a possibilidade de comprar online imóveis retomados que estão nas bases de bancos como o Banco do Brasil e a EMGEA – Empresa Gestora de Ativos do Governo Federal com alto valor de desconto, característico da categoria.
Dentro de suas modalidades de venda, a Resale criou o modelo de concorrência pública, que consiste em uma forma extremamente segura e transparente para o envio de propostas de compra criptografadas.
“O valor proposto (envelope comercial) é 100% criptografado, inviolável e identificado por meio de um token cujos dados somente serão liberados após o término da concorrência, quando então é conhecido o ranking de participantes”, explica o CTO da Resale, Paulo Nascimento.
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