A empresa de inteligência artificial OpenAI está dando ao ChatGPT uma "memória", permitindo que o chatbot guarde informações de conversas anteriores e evitando que os usuários precisem repeti-las em novas interações. 

Em uma postagem divulgada no blog da empresa em 13 de fevereiro, a OpenAI anunciou que lançaria o novo recurso de memória para uma "pequena parte" dos usuários premium e gratuitos do ChatGPT no final desta semana. Os planos para uma implementação mais ampla seriam compartilhados em breve, prometeu a empresa.

De acordo com a OpenAI, o recurso de memória do ChatGPT será aprimorado com o tempo, à medida que o chatbot interagir mais com cada usuário. O chatbot será capaz de lembrar as preferências do usuário e os detalhes compartilhados anteriormente para fornecer respostas mais personalizadas e relevantes com o passar do tempo.

A nova função de memória também pode ser ajustada nas configurações do usuário, permitindo que se "diga explicitamente para o chatbot se lembrar de algo", perguntem o que ele lembra ou até mesmo digam para ele esquecer completamente determinados tópicos de antigas conversações.

O recurso de memória também poderá ser totalmente desativado, caso este seja o desejo do usuário. Os bate-papos temporários não usam a memória e não aparecerão no histórico do usuário, e há instruções personalizadas que dizem ao ChatGPT para lembrar-se explicitamente de determinadas coisas.

Captura de tela das configurações do novo recurso de memória do ChatGPT. Fonte: OpenAI

A OpenAI declarou que "pode usar o conteúdo" fornecido ao ChatGPT, incluindo memórias, para treinar seus modelos de linguagem de grande porte de forma contínua, mas acrescentou que a coleta de dados pode ser desativada.

A empresa explicou que estava trabalhando para avaliar os possíveis vieses do recurso de memória e que seu objetivo seria evitar a lembrança de informações confidenciais sem a orientação explícita do usuário.

"Estamos tomando medidas para avaliar e mitigar vieses e evitar que o ChatGPT se lembre proativamente de informações confidenciais, como detalhes sobre a saúde dos usuários, a menos que haja pedidos explícitos para que estas memórias sejam lembradas."

Além disso, a OpenAI afirmou que o recurso de memória poderia aumentar a eficiência do aprendizado dos estilos de trabalho, e dos formatos e preferências de seus usuários premium. Os desenvolvedores também terão a opção de "ter sua própria memória distinta" para suas compilações de GPTs.

Em janeiro, a OpenAI lançou uma loja de aplicativos para assinantes da versão paga do ChatGPT, permitindo que os usuários descubram e usem chatbots de IA personalizados, conhecidos como GPTs, para usos específicos.

Enquanto isso, um dos membros fundadores da OpenAI, Andrej Karpathy, anunciou sua saída da empresa.

Em uma publicação divulgada em 14 de fevereiro no X, Kaparthy declarou que havia deixado a empresa no dia anterior, acrescentando que "nada demais havia acontecido" que tivesse influenciado sua decisão de deixar a empresa. Ele explicou que pretende se dedicar a projetos pessoais após deixar a OpenAI.

Olá a todos, sim, eu deixei a OpenAI ontem. Em primeiro lugar, nada "aconteceu" e isso não é resultado de nenhum evento, problema ou drama específico (mas, por favor, continuem com as teorias da conspiração, pois elas são muito divertidas :)). Na verdade, estar na OpenAI nos últimos ~anos foi...

— Andrej Karpathy (@karpathy)

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