A maconha, durante muito tempo relacionada unicamente com criminalidade e drogas vem, aos poucos, criando uma indústria em torno de si que vai muito além de seus efeitos 'relaxantes' e passa a integrar do setor farmaceutico ao de perfumes, atraindo até mesmo o herdeiro da Coca Cola, emblemática fabricante mundial de refrigerantes.

Por meio de um lançamento da atriz Gwyneth Paltrow, serão comercializados perfumes com cheiro de maconha, o Dirty Grass, como é chamado a fragrância que deve chegar ao mercado ao custo de US$ 185 nos EUA. Cada frasco contém 500 miligramas de óleo de canabidiol (CBD). 

Mas o lançamento não é unico e divide espaço nas prateleiras com o Chronic, que além de cannabis contém notas de toranja e musgo; o Cannabis Eau De Parfum, da Malin + Goetz e o Replica, da Maison Margielam, conforme revela reportagem do Infomoney.

O interesse pela industria da cannabis tem feito empresas desenvolverem produtos variados como cosméticos, confeitos e até petiscos para animais de estimação. Recentemente o bilionário Alki David (herdeiro da Coca-Cola) anunciou o lançamento do Swissx Bank of Cannabis e a SWX Coin, para facilitar o desenvolvimento e promover a industria da cannabis.

O SWX Coin, será uma criptomoeda com um preço 'baseado' no valor da flor de cânhamo premium. Já o "Banco da Maconha", o Swissx Global Hemp Exchange, funcionára como exchange e cashout para as empresas que receberem usando a SWX Coin.

Já a rede de farmácias Shoppers Drug Mart, do Canadá, completou com sucesso a primeira fase do projeto-piloto de tecnologia de contabilidade distribuída (DLT) para rastrear a cannabis medicinal do genoma à distribuição.

Rede líder de farmácias varejistas do Canadá, com mais de 1.300 lojas na região, realizou o projeto em colaboração com a empresa de softwares TruTrace - uma plataforma DLT para rastrear a propriedade intelectual de espécies para a indústria de cannabis - e juntas completaram a fase 1 do projeto-piloto de blockchain. O projeto visa promover transparência, interoperabilidade e melhorar a identificação de produtos dentro do ecossistema de cannabis medicinal.

Em outro caso do avanço da maconha 'legal' na sociedade o estado do Arizona aceitou uma solução de pagamentos orientada para a indústria de maconha baseada em blockchain em sua sandbox para fintechs.

De acordo com um comunicado de imprensa recente do Gabinete do Procurador Geral, a empresa - chamada Alta - é uma solução de gerenciamento de caixa para fornecedores licenciados de maconha medicinal. A startup de serviços financeiros com sede no Arizona pretende oferecer uma stablecoin que está indexada em 1: 1 com o dólar dos Estados Unidos. O objetivo final da plataforma é permitir que os usuários paguem por bens e serviços usando o stablecoin em vez de moeda fiduciária.

“A economia em dinheiro para cannabis legal no Arizona excede US$ 350 milhões anualmente [...] Estas são empresas legítimas, inovadoras e empreendedoras que são forçadas a operar em dinheiro. Oferecemos-lhes paz de espírito. Nossa tecnologia de pagamento digital eleva o ônus de ter que operar exclusivamente por meio de caixa e torna nossas comunidades mais seguras", disse Sarah Wessel, co-fundadora e COO da Alta.

Como reportou o Cointelegraph, os legisladores do estado da Califórnia, que fica nos Estados Unidos, apresentaram um projeto de lei que permite que as empresas relacionadas à maconha paguem taxas e impostos em stablecoins

O Projeto de Lei 953 da Assembleia permitiria que as repartições de impostos do estado, dos municípios e dos condados da Califórnia aceitassem stablecoins - criptomoeda vinculada a um ativo físico ou uma moeda fiduciária - de empresas relacionadas à maconha que tentassem pagar seus impostos especiais de consumo ou de cultivo, com efeito a partir de 1º de janeiro de 2020. O projeto de lei ainda diz: