O número de jovens que se preocupam com a saúde financeira e buscam começar a investir aumentou no Brasil, em meio a pandemia causada pelo coronavírus. Segundo o levantamento realizado pela Nu Invest o número de investidores na faixa etária de 18 a 24 anos aumentou cerca de 48% no último ano.

Para os jovens dessa faixa etária, a chegada da pandemia e a oferta de conteúdos online sobre educação financeira influenciam positivamente na busca por novos investimentos. Não à toa, o número desses jovens investidores já representa cerca de 12% do total, segundo o levantamento.

“É um dado extremamente positivo para a educação financeira no Brasil, que mostra que os jovens estão ligados na importância do saber lidar com o dinheiro. Investimento e a cultura de poupar são hábitos, é o mesmo que ir para academia ou acordar cedo para ir à aula. Quanto antes você começar, melhor”,  disse Fábio Macedo, diretor comercial da Nu Invest.

Dentre as opções de investimento, os jovens de 18 a 24 anos também preferem alocar seus recursos em ações (28% do total), CDBs (18%), e Fundos Imobiliários (9%). Além disso, investidores jovens que estão no Tesouro Direto passaram de 5,9% para 12,9%.

“Com mais disposição para buscar resultados de longo prazo, os jovens podem optar por investir em ativos mais voláteis, como as ações, por exemplo. Assim, o conhecimento agregado ao fator tempo pode trazer resultados muito positivos à construção do patrimônio”, afirmou Macedo.

Os jovens querem criptomoedas

Mas exatamente que tipo de ativos os nativos digitais que começam a mergulhar no universo dos investimentos querem?

Um levantamento realizado pela Yubo, a rede social de live streaming de áudio e vídeo voltada para a geração Z, com jovens do Brasil de 13 a 24 anos revelou que 35% deles compram criptomoeda pois acreditam que será a moeda do futuro; 25% compram porque podem ganhar muito dinheiro; 15% porque é a economia deles no futuro; 12% porque é mais fácil  e 10% porque está na moda.

“Seu gosto pela inovação e facilidade de interação online os tornam muito abertos a criptomoedas e moedas virtuais. Eles estão muito confortáveis com isso e podemos ver que esse uso está evoluindo e não se limita mais às transações do mercado de ações. Eles integram isso em sua vida cotidiana”, disse Sacha Lazimi, CEO da plataforma.

O estudo aconteceu entre os dias 7 e 9 de agosto e contou com a participação de 1269 jovens, dos quais, 45% acreditam que as criptomoedas substituirão as moedas tradicionais; 32% não sabem e 22% não creem. 

No caso de confiabilidade, 50,2% acredita que as criptomoedas são passíveis de confiança da mesma forma que as moedas tradicionais e outros 49, 8% acreditam que não. No entanto, 75% pensam que elas serão as moedas do futuro; 25% creem que não. 

Perguntados se gostariam de receber o pagamento após um mês de trabalho no formato de criptomoeda, 38% falaram que preferem a moeda tradicional e 35% disseram que iriam adorar esta iniciativa. 

Para os jovens que mostraram que conheciam o universo de criptoativos (50%) e desses, 25% que revelaram ter alguma criptomoeda como Bitcoin (BTC) e Ehtereum (ETH).

O levantamento perguntou o que eles compravam com os criptoativos: 11% disseram comprar jogos, filmes e aplicativos; 3% assinaturas; 2%, custeavam suas próprias despesas escolares; 1% custeavam serviços de computação em nuvem, 1% compravam  móveis e eletrodomésticos e outros 8% disseram que compravam outra coisa que não estava listada entre as opções. 

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