Durante uma live promovida pelo Livecoins, a Deputada Federal Julia Zanatta (PL-SC), argumentou que a população brasileira não foi consultada sobre a emissão do Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil e, portanto, ela vai protocolar um pedido de plebiscito sobre o tema.

“Drex deveria ser uma opção, não uma obrigação”, disse.

Segundo a Deputada, o Drex, por ser uma moeda digital centralizada tendo o Banco Central como controlador do ecossistema, pode restringir a liberdade das pessoas e impor controle social aos brasileiros.

“Os riscos são mais controle social nas nossas vidas, falta de privacidade, facilidade para tributar toda a sua vida sem opção, perseguição política e o de pessoas que não sabem manipular a tecnologia, incorrer em erros financeiros graves. O Drex deve ser uma opção para os brasileiros, não uma obrigação“, disse Julia sobre os riscos associados ao Drex.

Ao contrário do Pix, ela acredita que o Drex só vai atrapalhar a vida das pessoas e que o certo seria o Congresso autorizar a emissão da moeda digital e não a decisão ser única do Banco Central. No entanto, atualmente já há um projeto de lei na Câmara dos Deputados que prevê a autorização da emissão do Drex pelo BC.

Bitcoin

Zanatta destacou ainda que ao contrário das CBDCs, o Bitcoin é uma moeda descentralizada, que não pode ser controlada pelo estado e, portanto, é a garantia da liberdade dos cidadãos.

“Bitcoin é liberdade, e o Drex uma moeda digital centralizada, será que é um caminho para a modernidade, para a liberdade do brasileiro? A gente não nega os benefícios da tecnologia, mas até que ponto a facilitação vale a troca de mais controle social por menos liberdade?”, afirmou.

A Deputada defendeu ainda que nenhuma instituição tem o poder de acabar com o dinheiro em espécie e que, por isso, vai lutar para atentar a população sobre o tema e sobre os perigos do Drex.

Segundo o Banco Central do Brasil, o Drex não vai acabar com o dinheiro em espécie e não há qualquer proposta do banco para encerrar as operações com o dinheiro físico. A instituição argumenta que desde a implementação e adoção do Pix, o uso do dinheiro físico caiu, contudo, isso não significa sua extinção.

Além disso, sobre a obrigatoriedade dos brasileiros usarem o Drex, o sistema, assim como o Pix será facultativo, ou seja, caberá ao cidadão decidir se irá usar ou não a moeda digital do Brasil e os contratos inteligentes a ele vinculados. O Drex integra a agenda BC# que conta também com o Pix e o Open Finance, ambos também livres para o cidadão decidir ou não pelo seu uso.