Lamido Yuguda, diretor-geral da Comissão de Valores Mobiliários da Nigéria, disse que a proibição das criptomoedas pelo banco central causou perturbações significativas no mercado.

De acordo com um relatório do The Guardian, o diretor-geral da CVM local apresentou esta afirmação durante uma conferência de imprensa organizada após a reunião do Comitê do Mercado de Capitais na quinta-feira, 15 de março.

Conforme relatado anteriormente pelo Cointelegraph, o Banco Central da Nigéria proibiu os bancos comerciais de atender às exchanges de criptomoedas em fevereiro.

De acordo com Yuguda, a Comissão foi forçada a pausar seu quadro regulamentar de criptomoeda, que havia sido anunciado em setembro de 2020.

O diretor-geral da CVM também afirmou que a suspensão dos planos da cripto-regulação da Comissão permanecerá em vigor até que as exchanges possam operar contas bancárias no país.

Como parte de seu discurso, o chefe da CVM afirmou que a Comissão estava trabalhando com a BCN para criar um regime regulatório ideal para criptomoedas no país. De acordo com Yuguda, deixando de lado a proibição da criptomoedas, a CVM local continua a dar passos largos no apoio ao crescimento das fintech na Nigéria.

Após a proibição de criptomoedas pelo BCN, a compra e venda de criptomoedas só é possível por meio de serviços peer-to-peer, levando a ágio massivo no preços das moedas virtuais. Em março, o presidente do banco central comentou que o BCN não era contra a negociação de criptomoedas no país, mas que tais transações não podem ocorrer por meio de bancos comerciais.

Em uma declaração anterior compartilhada com o Cointelegraph, a plataforma de negociação de criptomoedas Lumo reagiu à proibição do BCN afirmando que "proibições gerais empurram as pessoas para a clandestinidade", acrescentando:

“Empurrar as pessoas para a clandestinidade também torna mais fácil para os golpistas explorarem os nigerianos, e já estamos vendo o Bitcoin ser negociado com preços enormes no país como resultado da proibição. Outras empresas optaram por encontrar soluções alternativas que são menos visíveis para os reguladores - por exemplo, comércio Peer-2-Peer (P2P). Nossa opinião é que a negociação P2P iria contra o espírito da diretiva do BCN. ”

Enquanto isso, o vice-presidente da Nigéria, Yemi Osinbajo, já havia pedido aos reguladores que adotassem uma abordagem diferenciada para regular criptomoedas e blockchain. De acordo com o vice-presidente, criptomoedas desafiará as finanças tradicionais nos próximos anos.

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