A mineração de Bitcoin é uma "ferramenta essencial" para a expansão de fontes de energia limpa e o equilíbrio da rede, de acordo com um novo documento de trabalho escrito por adeptos do Bitcoin (BTC) e pelo ex-presidente do Conselho de Confiabilidade Elétrica do Texas (ERCOT), o operador da rede elétrica do Texas.
O documento divulgado em 22 de novembro, intitulado "Leveraging Bitcoin Miners as Flexible Load Resources for Power System Stability and Efficiency" (Aproveitando os mineradores de Bitcoin como recursos de carga flexível para a estabilidade e a eficiência do sistema de energia), argumenta que a iinnterruptibilidade inerente da mineração de Bitcoin e os recursos de resposta rápida às variações de carga poderiam aumentar a flexibilidade da rede para integrar melhor as fontes variáveis de energia renovável.
Entre os autores do documento de trabalho estavam Nic Carter, sócio da Castle Island Ventures; Dennis Porter, CEO do Satoshi Action Fund; Murray Rudd, consultor científico; Shaun Connell, vice-presidente executivo de energia da empresa de tecnologia Lancium, sediada em Houston; e o ex-presidente e CEO da ERCOT, Brad Jones, que faleceu recentemente.
BREAKING: New working paper co-authored by former ERCOT & NYISO CEO, highlights #Bitcoin mining as a critical tool for clean energy and balancing the grid. pic.twitter.com/86pXuQ1XxL
— Dennis Porter (@Dennis_Porter_) November 27, 2023
URGENTE: Novo documento de trabalho com coautoria do ex-CEO da ERCOT e da NYISO destaca a mineração de #Bitcoin como uma ferramenta essencial para a promoção do uso de energia limpa e do equilíbrio da rede elétrica.
— Dennis Porter (@Dennis_Porter_)
O documento apresenta estudos de caso de mineradores de Bitcoin que participam de programas de resposta à demanda e fornecem serviços à rede de eletricidade do Texas, com base em seus recursos exclusivos de cargas flexíveis e controláveis.
Os pesquisadores concluíram que os mineradores de Bitcoin podem desempenhar um papel importante na resposta à demanda, "reforçando assim a estabilidade técnica e econômica da rede elétrica."
Alguns observadores no X (antigo Twitter) apontaram que as descobertas do artigo contrastam com os argumentos de políticos anticriptomoedas, que culpam os mineradores de Bitcoin pelo alto consumo energético e por sobrecargas nas redes de eletricidade.
Em outubro de 2022, a senadora dos Estados Unidos Elizabeth Warren e seis outros membros do Partido Democrata pressionaram a ERCOT para obter informações detalhadas sobre a quantidade de eletricidade que as operações de mineração de Bitcoin consomem. Ela também atacara anteriormente a empresa de mineração Greenidge Generation, de Nova York, alegando na época que uma "repressão às criptomoedas que degradam o meio ambiente" ajudaria a combater a crise climática.
O pioneiro da mineração de Bitcoin, Marshall Long, marcou Warren em um retweet do artigo, acrescentando: "As pessoas que administram as redes afirmam que você está errada."
Aye @SenWarren where u at
— Marshall Long (@OGBTC) November 27, 2023
The people who RUN the grids say you’re wrong
Oops https://t.co/rcwoivLA9q
Aye @SenWarren onde está você?
As pessoas que administram as redes afirmam m que você está errada
Ops
— Marshall Long (@OGBTC)
Os pesquisadores concluíram que o impacto abrangente do Bitcoin sobre a demanda global de energia e seus impactos sobre a crise climática "permanece sendo um assunto complexo", mas os dados emergentes sugerem que "seus efeitos podem ser mais matizados do que normalmente se acredita."
Um estudo recentemente publicado pela Cornell University demonstrou como os projetos eólicos e solares podem se beneficiar da mineração de Bitcoin durante suas fases de desenvolvimento pré-comercial.
Em julho, o Cointelegraph informou que a mineração de Bitcoin estava se tornando mais sustentável graças a inovações como fazendas de hidro-resfriamento e de reaproveitamento de gás de petróleo. Além disso, em setembro, foi relatado que o uso de energia limpa para mineração de Bitcoin havia ultrapassado 50%.
LEIA MAIS