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Ana Paula PereiraAna Paula Pereira

Procuradoria de Nova York investiga transações na Genesis e laços com Barry Silbert, diz reportagem

Digital Currency Group (DCG) está supostamente sob investigação em Nova York por transações financeiras envolvendo sua subsidiária, Genesis Global Capital.

Procuradoria de Nova York investiga transações na Genesis e laços com Barry Silbert, diz reportagem
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O Digital Currency Group (DCG) está sob escrutínio por suas transações financeiras envolvendo sua subsidiária, Genesis Global Capital. A investigação está sendo conduzida pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, informou a Bloomberg, citando fontes familiarizadas com o assunto.

Os promotores federais e a Comissão de Valores Mobiliários estão supostamente envolvidos na investigação, buscando entrevistas com possíveis testemunhas associadas à Genesis e ao DCG.

Segundo a reportagem, a investigação examina empréstimos e outras transações realizadas entre as empresas. A DCG revelou no ano passado que recebeu cerca de US$ 575 milhões em empréstimos da Genesis. Além disso, as autoridades estão analisando uma carta aos acionistas do fundador e CEO da DCG, Barry Silbert, mencionando uma nota promissória de US$ 1,1 bilhão, que ele afirmou resultar da DCG assumindo responsabilidades da Genesis relacionadas ao colapso do fundo de hedge Three Arrows Capital (3AC) .

A nota promissória e a forma como ela foi divulgada aos investidores tem sido o foco da operação, segundo as fontes. O ex-procurador interino dos Estados Unidos, Seth DuCharme, está representando o DCG no caso.

Ainda não está claro se alguma dessas investigações levará a reclamações formais. Um porta-voz do DCG disse à Bloomberg que a empresa está cooperando com órgãos reguladores e agências de investigação conforme necessário. Ele também acrescentou que as transações entre as empresas foram “sempre estruturadas em condições de mercado e precificadas de acordo com as taxas de juros do mercado”.

A Genesis entrou com pedido de falência do Capítulo 11 em janeiro, após meses de problemas de liquidez em meio ao mercado de baixa e o colapso de empresas cripto notáveis, incluindo 3AC e a exchange cripto FTX. Na época, o registro da empresa estimava passivos de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões e ativos na mesma faixa.

A Genesis é a maior credora não garantida da FTX e suas afiliadas, com US$ 226 milhões em dívida. As empresas chegaram recentemente a um acordo para resolver a disputa.

O portfólio de capital de risco do DCG inclui Grayscale, Genesis e CoinDesk, entre cerca de 200 empresas relacionadas a cripto. Também possui participação em outras empresas, incluindo a bolsa de criptomoedas Luno e a empresa de consultoria Foundry.