A bolsa de opções da Nasdaq pediu aos reguladores dos Estados Unidos para permitir a negociação de opções em fundos de índice (ETFs) de Ethereum à vista, de acordo com um documento regulatório de 6 de agosto.
A mudança de regra proposta pela Nasdaq se aplicaria exclusivamente ao iShares Ethereum Trust (ETHA) da BlackRock, que é o único ETF de Ether (ETH) listado na bolsa eletrônica da Nasdaq. Os outros estão listados na Arca da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) ou na Cboe.
O registro marca um passo importante em direção à adoção generalizada de ETFs de ETH, que foram listados em julho e atraíram aproximadamente US$ 1,5 bilhão em fluxos líquidos, de acordo com a Morningstar.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) ainda não autorizou a negociação de opções em ETFs de Bitcoin (BTC) à vista, que foram listados em janeiro e agora controlam aproximadamente US$ 50 bilhões em BTC.
Em julho, a SEC disse a meia dúzia de bolsas de opções — incluindo a Nasdaq ISE — que haviam pedido para listar opções em ETFs de BTC à vista que mais tempo era necessário para chegar a uma decisão.
Opções são amplamente usadas por fundos de hedge e planejadores financeiros para se proteger contra movimentos bruscos do mercado — como a queda de 28% no preço à vista do Ether em 5 de agosto. Elas também formam a base de estratégias mais exóticas, como a “covered strangle” promovida pela 10x Research, uma empresa de pesquisa de investimentos.
Consultores financeiros controlam até metade dos fluxos de investimento no mercado de ETFs de US$ 9 trilhões, e mais de 10% dos consultores usavam ativamente opções para gerenciar portfólios de clientes em 2023, de acordo com uma pesquisa da The Journal of Financial Planning.
A Morgan Stanley — a maior consultoria financeira com US$ 3,75 trilhões em ativos — supostamente permitirá que seus 15.000 consultores comecem a recomendar ETFs de BTC já nesta semana.
Em 5 de agosto, o quarto maior fundo de hedge da Europa revelou que havia investido quase US$ 500 milhões em ETFs de BTC, seguindo outros, como a Millenium Management, que investiu quase US$ 2 bilhões em fundos de Bitcoin no início deste ano.