O proprietário do X, Elon Musk, afirma que a plataforma de mídia social foi atingida por um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) enquanto sua entrevista programada com o candidato presidencial Donald Trump estava prestes a começar.
“Parece haver um ataque DDoS massivo no X. Trabalhando para desligá-lo”, postou Musk no X em 12 de agosto. Um ataque DDoS visa sobrecarregar uma rede ou serviço com tráfego para interromper e negar o uso legítimo pelos usuários.
O incidente ocorreu enquanto problemas técnicos afetavam o X Spaces, que Musk e Trump estavam programados para realizar às 20h, horário do leste dos EUA, enquanto vários usuários do X reclamavam que não conseguiam participar.
O site mostrou que a transmissão estava “indisponível”, mas cerca de 120.000 pessoas ainda conseguiram entrar. Em uma postagem separada, Musk disse que o X testou o sistema mais cedo naquele dia com oito milhões de ouvintes simultâneos.
Musk conseguiu iniciar a entrevista logo após as 20h30, horário do leste dos EUA, e afirmou anteriormente que “prosseguiria com um número menor de ouvintes ao vivo”, com o áudio não editado sendo postado “imediatamente após”.
“Como este ataque massivo ilustra, há muita oposição às pessoas simplesmente ouvirem o que o presidente Trump tem a dizer”, disse Musk ao abrir a entrevista.
Durante a entrevista de duas horas, Trump falou sobre – entre outras coisas – a tentativa de assassinato contra ele, imigração ilegal e relações exteriores, além de criticar o presidente Joe Biden e sua atual rival na corrida presidencial, a vice-presidente Kamala Harris.
Apesar do apoio de Trump às criptomoedas e do longo amor de Musk pelo Dogecoin (DOGE), o tema das criptomoedas não foi mencionado uma vez sequer.
Os apostadores do Polymarket apostaram pouco mais de US$ 1 milhão em uma chance de 56% de Trump mencionar “cripto” ou “Bitcoin” no início da entrevista, o que logo caiu e continuou a cair durante a entrevista, atingindo um mínimo de 1% antes de terminar.
Antes da entrevista, o Comissário do Mercado Interno da União Europeia, Thierry Breton, avisou Musk em uma carta de que ele deve cumprir as leis da UE, alegando que sua entrevista com Trump representava “um risco de amplificação de conteúdo potencialmente prejudicial”.
A CEO do X, Linda Yaccarino, afirmou que a carta de Breton foi “uma tentativa sem precedentes de estender uma lei destinada a se aplicar na Europa para atividades políticas nos EUA”.
Ela afirmou que isso “patroniza os cidadãos europeus” e sugere que eles são “incapazes de ouvir uma conversa e tirar suas próprias conclusões”.
Atualização (13 de agosto, 2h50 UTC): Este artigo foi atualizado para adicionar comentários de Elon Musk e Donald Trump.