A aposta do Bitcoin (BTC) de El Salvador saiu pela culatra, com a principal criptomoeda atualmente sendo negociada com um desconto de 70% em relação ao seu topo. Em um momento em que o país latino-americano está lutando com sua dívida, o Morgan Stanley fez uma chamada de compra para o desgastado eurobond.

Simon Waever, chefe global de estratégia de crédito soberano para mercados emergentes do Morgan Stanley, disse aos investidores em nota na terça-feira (19/07) que os títulos de El Salvador são excessivamente punidos pelas condições do mercado, apesar de o país ter melhores métricas financeiras do que muitos de seus pares, informou a Bloomberg. A nota aos investidores dizia:

“Os mercados estão claramente precificando uma alta probabilidade do cenário de autarquia em que El Salvador entra em default, mas não há reestruturação.”

Waever observou que a dívida de um país não deve ser negociada abaixo de US$ 0,437 em dólar, mesmo em casos de inadimplência, mas também admitiu que o nível é impossível de alcançar na atual condição de mercado devido ao aperto da liquidez global.

A nota de terça-feira avalia que El Salvador não deve ter problemas para pagar dívidas nos próximos 12 meses por causa do superávit primário, além de ter vencimentos menores do que outros países em dificuldades como Argentina, Egito e Ucrânia.

El Salvador fez do BTC moeda de curso legal em setembro de 2021, e as coisas pareciam funcionar perfeitamente bem para a pequena nação enquanto o mercado altista atingiu o pico. O país comprou quase US$ 56 milhões em BTC desde setembro e até usou os lucros para construir escolas e hospitais. No entanto, o país perdeu uma parte significativa de seu investimento quando o mercado em baixa se instalou.

Houve discussões sobre a emissão de um título vulcânico Bitcoin depois que um pedido de ajuda de US$ 1 bilhão ao Fundo Monetário Internacional falhou. No entanto, o título, que foi divulgado junto com uma cidade Bitcoin, sofreu vários atrasos sem data concreta para o lançamento.

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