O Bitcoin (BTC) vem desafiando o cenário macroeconômico desfavorável de inflação em alta e aumentos recorrentes das taxas de juros dos EUA com um rali de alívio que acumula ganhos de mais de 23% em sete dias, mas o fim do inverno cripto ainda depende do rompimento de um suporte crucial, afirmou Ki Young Ju, CEO da plataforma de análise de dados on-chain sul-coreana Crypto Quant em uma postagem no Twitter.
A "linha na areia" para os touros do BTC encontra-se na região dos US$ 30.000, disse Young Ju. O comentário estava vinculado a uma postagem que aponta que o preço realizado dos Bitcoins comprados pela MicroStrategy atualmente é de US$ 30.664, depois que gestora do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) anunciou a compra de 480 BTC adicionais ao custo de US$ 20.817 no final do mês passado.
Imagine #Bitcoin price reached $30k.
— Ki Young Ju (@ki_young_ju) July 20, 2022
It doesn't sound strange to me since most people who joined the last bull run are still underwater at that price.
$30k sounds like a starting point for the next bull run. https://t.co/gy1xEvPqax
Imagine que o preço do #Bitcoin atingiu US$ 30 mil.
Não soa estranho para mim, já que a maioria das pessoas que aderiu à última corrida de touros ainda está debaixo d'água [com o BTC] a esse preço.
US$ 30k parece ser um ponto de partida para a próxima bull run.
— Ki Young Ju (@ki_young_ju)
Em 15 de julho, o CEO da CryptoQuant havia antecipado o atual rali de alta do preço do BTC em outra postagem no Twitter ao prever que um "grande short squeeze" estava prestes a acontecer. Young Ju identificara um acúmulo de posições vendidas nos mercados de derivativos de Bitcoin na faixa entre US$ 10.000 e US$ 20.000.
Ao comentar a própria publicação, ele disse que as liquidações das posições vendidas não necessariamente dariam início a uma reversão da atual tendência de baixa, mas poderia, sim, significar que o fundo do preço do BTC poderia já ter sido alcançado em 18 de junho, quando o Bitcoin caiu até US$ 17.622.
Rompendo para o alto
No início da tarde desta quarta-feira, 20, o Bitcoin chegou a ser negociado por US$ 24.276, antes de recuar para a faixa de US$ 23.600. Ainda assim, o par BTC/USD atingiu sua cotação mais alta em mais de um mês. Com uma valorização de 34% em relação à mínima de 13 de junho, a maior criptomoeda do mercado renovou as esperanças dos touros de que dias melhores podem estar por vir.
Na segunda-feira, o analista e fundador da Crypto Investidor, Diego Consimo, havia sugerido em uma análise exclusiva para o Cointelegraph Brasil que um rompimento acima da média móvel de 200 semanas seria decisivo para impulsionar o Bitcoin em direção à próxima zona de resistência no curto prazo:
"Neste momento, o Bitcoin está tentando o rompimento de sua maior resistência de curto prazo entre U$22.500, próximo à média móvel de 200 semanas, e U$23.500. Caso consiga rompê-la, poderá surpreender a todos dando início a um rali de alta para testar a região dos U$28.000 à U$33.000 já em meados de agosto. Os indicadores estão indicando força nesse movimento."
Em sua análise, Consimo também destacou que um indicador que marcou os fundos dos ciclos de baixa de 2015 e 2018 aponta que o preço mínimo do BTC no atual inverno cripto já foi alcançado. O Pi Cycle Bottom se configura a partir do cruzamento da média móvel simples (SMA) de 471 dias com a média móvel exponencial de 150 períodos (EMA).
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, em 2022, o Pi Cycle Bottom piscou em 13 de julho, quando o Bitcoin caiu para US$ 18.900. No entanto, mínimas mais baixas já haviam sido registradas anteriormente em 18 de junho (US$ 17.622) e em 30 de junho (US$ 18.600), aumentando a confiança dos traders de que o fundo do atual ciclo pode já ter ficado para trás.
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