O Mercado Pago, braço financeiro do Mercado Live, anunciou nesta quarta, 21, que vai permitir a compra e venda de sua stablecoin, a Meli Dólar, direto no app do Mercado Pago em parceria com a Ripio.

Assim como stablecoins como o USDT, a cripto do Mercado Pago mantém paridade com o valor do dólar americano e tem por objetivo oferecer mais uma opção prática e estável para a administração das finanças.

Segundo informou a empresa ao Cointelegraph, neste primeiro, como diferencial do lançamento, o aplicativo do Mercado Pago não cobrará taxas para a intermediação das operações de compra e venda, sendo permitida a compra da Meli Dólar pelo app a partir do saldo em conta no Mercado Pago, em real, mantido pelo usuário. 

“A Meli Dólar se soma à operação como mais uma solução aberta do Mercado Pago, que possui uma capacidade única de escalar produtos e serviços financeiros para todos. Atento à evolução dos criptoativos, o banco digital do grupo Mercado Livre segue continuamente oferecendo soluções para democratizar o acesso ao universo cripto e promover a inovação e o desenvolvimento financeiro dos usuários", afirma André Chaves, SVP do Mercado Pago e responsável pela operação no Brasil. 

Para viabilizar a oferta da Mei Dólar foi realizada uma parceria com a Ripio que atuará como market maker e exchange nas operações realizadas pelo app do Mercado Pago. A Meli Dólar é emitida pela Meli Uruguay S.R.L., uma empresa do grupo Mercado Livre.

Sebastian Serrano, CEO e Co-Founder da Ripio, destaca que colaborar com a realização deste projeto da Meli Dólar traz grande satisfação para a Ripio.

"Estamos entusiasmados em contribuir com uma solução segura e acessível para os usuários do Mercado Pago no Brasil que, entre outros fatores, querem proteger o seu poder de compra, em um momento de volatilidade econômica. Como exchange e custodiante das operações, a Ripio cumpre um papel importante em garantir a segurança e eficiência dessa stablecoin, fortalecendo a confiança dos usuários no ambiente digital", disse.

Mercado Livre

No ano passado, como parte de suas obrigações regulatórias como uma empresa listada no mercado de ações dos EUA, o Mercado Livre revelou uma alta de 250% a quantidade de Bitcoin e criptomoedas mantidas pela empresa, que pertencem aos seus usuários.

A trajetória do Mercado Livre neste mercado de ativos digitais remonta a dezembro de 2021, quando a empresa deu início à oferta de Bitcoin e Ethereum para seus clientes. Essa decisão estratégica sinalizou uma clara aposta na diversificação dos serviços e ativos oferecidos, e os resultados estão se tornando cada vez mais evidentes.

Em 2021, a empresa também anunciou a incorporação de BTC em seu patrimônio. Cerca de 10 meses depois destas ações, o ML anunciou o lançamento de uma criptomoeda própria, a Mercado Coin cuja proposta é fidelizar os clientes ao ecossistema do Mercado Livre.

Marcos Galperin, fundador e CEO do Mercado Livre, anunciou em 2021, o investimento de parte de sua fortuna pessoal na empresa de Bitcoin e criptomoedas Ripio.

O investimento de Galperin fez parte de uma nova rodada de investimentos realizada pela exchange argentina que arrecadou US$ 50 milhões nesta rodada de investimentos de Série B, que foi liderada pelo Digital Currency Group (DGC).

Além da DGC e de Galperin a rodada também contou com investimentos de Martin Migoya (fundador e CEO da Globant). Atualmente o Grupo Ripio, já conta com investimentos da Tim Draper, Boost.vc., entre outros.

Em outra ocasião ele destacou que o Bitcoin é melhor que o ouro como investimento

"Acho que o BTC como reserva de valor é melhor do que o ouro. Mas ele não substituirá as moedas de curso legal por conta do custo de energia necessário para processar suas transferências (a computação quântica pode mudar isso)", declarou.