Martin Shkreli, também conhecido como “Pharma Bro,” agora afirma que o filho de 18 anos de Donald Trump, Barron Trump, lançou o token TrumpCoin (DJT) com a aprovação de seu pai e detém as chaves privadas do endereço do contrato inteligente.
Shkreli, que passou mais de seis anos na prisão por fraude de valores mobiliários, afirma que Barron Trump o abordou para lançar o token baseado em Solana em abril, que agora vale US$ 146 milhões, de acordo com dados da Birdseye. Barron Trump e seus representantes não fizeram uma declaração pública sobre o assunto.
Em um X Spaces hospedado por Mario Nawfal, Shkreli afirmou que apenas ajudou seu “amigo” Trump com conselhos sobre o lançamento do token, mas não teve uma mão ativa no lançamento do token em si. Em vez disso, ele alegou que Trump foi o verdadeiro criador do DJT, acrescentando que o influenciador de criptomoedas “Ansem” também estava envolvido.
' @MartinShkreli observando o envolvimento de @blknoiz06 com o $DJT pic.twitter.com/YmFwgCPozF
— macki (@_mackinac) 19 de junho de 2024
“Eu ensinei alguém a fazer um contrato, e eles apertaram o botão, não eu. As chaves estão com Trump, não comigo”, disse Shkreli em um post no X. Em um X Spaces na terça-feira, Shkreli sugeriu que 10 pessoas estavam envolvidas no lançamento do token.
”Eu não agi sozinho.”
Ele também afirmou que Trump estava em contato com a exchange de criptomoedas Kraken para discutir a possível listagem do DJT. A Cointelegraph entrou em contato com a Kraken, mas não recebeu uma resposta imediata fora do horário comercial.
Ele também afirma que Donald Trump não apenas estava ciente do token DJT, mas “aprovou”.
“Eu tenho provas de Barron dizendo que seu pai aprovou.”
Shkreli tentou comprovar seu caso trazendo “Mongolian Prince” para o X Spaces — um adolescente com menos de 500 seguidores no X que também teria trabalhado com Shkreli.
Visivelmente tímido, Mongolian Prince respondeu “mmhmm” quando questionado por um membro da audiência se “Barron fez o token” e “tem as chaves privadas”.
“Quem implantou o contrato”, perguntou outro membro da audiência. Monologian Prince respondeu: “Barron”.
“[Barron] queria fazer algo especial, algo significativo, e todos queríamos ajudá-lo com isso.”
Mongolian Prince afirma que recentemente se encontrou com Trump na Flórida, mas seu relato sobre o suposto envolvimento de Donald Trump é muito menos claro, de acordo com a versão dos eventos de Mongolian Prince.
Mongolian Prince afirmou que Barron mostrou sua carteira Phantom baseada em Solana para seu pai antes do lançamento do token DJT, que supostamente apenas respondeu com risadas.
Seu X Spaces de sete horas veio um dia após o detetive de blockchain ZachXBT ganhar um prêmio de US$ 150.000 da empresa de análise de blockchain Arkham Intelligence por supostamente identificar Shkreli como o criador do token DJT.
Adam Cochran, parceiro da empresa de capital de risco Cinneamhain Ventures, acusou Shkreli de “tentar jogar Barron debaixo do ônibus” em uma tentativa de limpar seu próprio nome.
Vários membros da audiência no X Spaces disseram que a versão dos eventos de Shkreli fazia sentido. Outros discordaram, alegando que Trump não seria estúpido o suficiente para arriscar criar controvérsia para seu pai em um ano eleitoral.
À medida que a discussão sobre o envolvimento de Barron Trump ganhava destaque nas redes sociais, Roger Stone, um dos assessores próximos de Trump, negou qualquer envolvimento do ex-presidente ou de seu filho com a memecoin DJT.
Shkreli foi condenado em um tribunal federal por duas acusações de fraude de valores mobiliários e uma acusação de conspiração em 2017. Ele cumpriu quase sete anos de prisão e pagou mais de US$ 70 milhões em multas como resultado.
Alguns sugeriram que o recente envolvimento de Shkreli poderia violar suas condições de liberdade condicional, embora Shkreli tenha negado isso.
“Leia a lei, idiota”, disse Shkreli em resposta à conta do X “BORED”, com 1,6 milhão de seguidores, que afirmou que ele voltaria para a prisão.