O CEO da Mantra, John Mullin, respondeu às principais preocupações da comunidade após a forte queda do token OM durante uma sessão Ask Me Anything (AMA) organizada pelo Cointelegraph em 14 de abril.
Mullin tranquilizou os usuários afirmando que a Mantra e seus parceiros estão trabalhando ativamente para apoiar a recuperação do token Mantra (OM), embora tenha destacado que os detalhes sobre recompras e possíveis queimas de tokens ainda estão sendo desenvolvidos.
“Ainda estamos nos estágios iniciais de elaboração desse plano para uma possível recompra de tokens”, disse o CEO, acrescentando que a recuperação do token OM é a “principal preocupação e mais urgente da Mantra no momento”.
No momento da redação, o OM estava sendo negociado a US$ 0,73, ligeiramente acima da mínima pós-colapso de US$ 0,52 registrada em 13 de abril por volta das 19h30 UTC, segundo dados do CoinGecko.
“Acusações infundadas”
Além de negar as alegações de que investidores importantes da Mantra teriam vendido o token OM antes do colapso, Mullin também refutou as acusações de que a equipe da Mantra controla 90% da oferta do token.
“Acho que são acusações infundadas. Publicamos um relatório de transparência para a comunidade na semana passada, que mostra todas as carteiras diferentes”, afirmou Mullin, destacando as “duas vertentes” da tokenomics da Mantra.
Fonte: Cointelegraph
“Você tem o lado da Ethereum e o lado da mainnet”, observou Mullin, acrescentando que o token baseado na Ethereum tem limite máximo fixo e existe desde agosto de 2020.
“O maior detentor de OM em exchange é a Binance”, continuou Mullin, recomendando ao público que consulte os registros no Etherscan.
Os oito maiores endereços detentores de OM. Fonte: Etherscan
No entanto, a principal carteira de OM atualmente pertence à exchange de criptomoedas OKX, que controla 14% da oferta em circulação, aproximadamente 130 milhões de tokens.
O que vem a seguir para o fundo MEF de US$ 109 milhões da Mantra?
Mullin também comentou sobre o Mantra Ecosystem Fund (MEF), um fundo de US$ 109 milhões lançado em 7 de abril em parceria com seus principais investidores estratégicos, incluindo a Laser Digital e a Shorooq.
Outros investidores no fundo incluem Brevan Howard Digital, Valor Capital, Three Point Capital, Amber Group, Manifold, UoB Venture, Damac, Fuse, LVNA Capital, Forte, entre outros.
Segundo Mullin, o fundo não é composto exclusivamente por tokens OM da Mantra e conta com “compromissos e contribuições em dólares”.
Investidores no fundo de US$ 109 milhões da Mantra. Fonte: Mantra
“Continuaremos investindo e apoiando o ecossistema como parte desse plano de recuperação”, afirmou o CEO.
Fim do programa de staking na Binance
Durante o AMA, o CEO da Mantra também comentou que a transação de 38 milhões de OM para a cold wallet da Binance em 14 de abril está relacionada a um programa de staking na plataforma.
“Na verdade, foi a Binance”, disse Mullin, acrescentando que a exchange possuía tokens OM que estavam sendo utilizados em um programa de staking.
Fonte: Onchain Lens
“Então, eles apenas os devolveram porque o programa de staking foi encerrado”, disse ele.
Mullin também destacou que muitas das transações que geraram reações na comunidade após o colapso estavam relacionadas a garantias fornecidas a uma exchange não identificada.
“Esses tokens estavam sendo usados como garantia em uma exchange. Depois, a exchange decidiu que não queria mais manter essa posição, por qualquer motivo”, explicou Mullin, acrescentando:
“Então, o que aconteceu foi basicamente que a exchange assumiu as posições com as garantias e começou a vender, o que causou uma cascata de pressão vendedora e forçou mais liquidações.”
Mullin afirmou que a Mantra continua comprometida em lidar com a situação da forma mais transparente possível.
“Não estamos fugindo de nada”, disse ele, acrescentando que o incidente foi uma “situação muito infeliz”.