Adrienne Harris, superintendente do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS), disse que o fechamento do Signature Bank em março não teve nada a ver com a exposição da instituição a ativos digitais.

De acordo com uma reportagem publicada em 5 de abril pelo The Wall Street Journal, Harris fez tal observação durante participação na conferência Chainalysis Links. Ela teria descrito os eventos que levaram ao colapso do Signature como uma “corrida bancária à moda antiga”, e classificou a suposição de que o fechamento do banco tinha qualquer relação com a sua exposição a criptomoedas de “ridícula”.

Harris também rejeitou a ideia de que o governo dos Estados Unidos está trabalhando ativamente para limitar o acesso de certas indústrias aos serviços bancários dos EUA no que muitos apelidaram de “Operação Choke Point 2.0”. A Operação Choke Point original foi implementada pelo Departamento de Justiça dos EUA em 2013, durante o governo de Barack Obama, e foi encerrada em 2017. A operação visava bloquear o acesso de empresas potencialmente envolvidas em fraudes ou lavagem de dinheiro ao sistema bancário.

Hoje cedo, a superintendente do #NYDFS, Adrienne Harris, juntou-se ao CSO e co-fundador @jony_levin para discutir o futuro da supervisão de ativos digitais e da regulamentação financeira global na @chainalysis #Links23

— NYDFS (@NYDFS)

O NYDFS assumiu o controle do Signature Bank em 12 de março, sob a alegação de que estava protegendo a economia dos EUA diante da ameaça de “risco sistêmico." A intervenção ocorreu logo após o colapso do Silvergate Bank e do Silicon Valley Bank. As três instituições trabalhavam com clientes da indústria de criptomoedas.

O ex-membro da Câmara dos Deputados e membro do conselho do Signature, Barney Frank, disse que o banco não enfrentava problemas solvência no momento da intervenção, e afirmou que os reguladores estavam transmitindo uma “mensagem anticripto muito forte” a todo o sistema financeiro dos EUA. Alguns congressistas, incluindo o senador do Colorado, Michael Bennet, disseram que o Signature não tomou decisões “prudencialmente sólidas” ao se associar a empresas de criptomoedas.

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