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Ana Paula PereiraAna Paula Pereira

Principal hub de liquidez da Solana, Serum passa por hard fork após hack da FTX

Os tokens e descontos de taxas SRM e MSRM não foram alterados e estão funcionando como antes, disseram os desenvolvedores.

Principal hub de liquidez da Solana, Serum passa por hard fork após hack da FTX
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Os desenvolvedores da Solana implementaram um hard fork do hub de liquidez mais popular da Solana, o Serum, depois que suas operações foram comprometidas por um hack na exchange falida FTX em 11 de novembro, que viabilizou uma série de transações não autorizadas.

De acordo com o desenvolvedor pseudônimo Mango Max no Twitter, uma “compilação verificada da mesma versão foi feita e implantada” em 12 de novembro. Além disso, a autoridade de atualização e as receitas de taxas “foram alteradas e agora são gerenciadas por uma carteira multi-sig controlada por uma equipe de desenvolvedores confiáveis”. Os tokens Serum (SRM) e MegaSerum (MSRM), bem como os descontos nas taxas, não foram alterados e estão funcionando como antes.

A implementação ocorreu no fim de semana. No Twitter, o cofundador da Solana, Anatoly Yakovenko, escreveu que os desenvolvedores que dependem da Serum estavam bifurcando o código depois que a chave atualizada foi comprometida, acrescentando que muitos “protocolos dependem dos mercados da Serum para obter liquidez e efetuar liquidações.”

Até onde eu seis, os desenvolvedores que dependem da Serum estão bifurcando o programa porque a chave de atualização da versão atual está comprometida. Isso não tem nada a ver com o SRM ou mesmo o Jump. Uma tonelada de protocolos depende dos mercados da Serum para obter liquidez e efetuar liquidações.

— toly (@aeyakovenko)

Em um hread publicado no Twitter, Mango Max disse que a chave de atualização da Serum não era controlada pela organização autônoma descentralizada do protocolo, mas por uma chave privada conectada à FTX e ninguém poderia confirmar quem controlava as chaves. A chave privada seria necessária para atualizar a versão original da Serum, levando os desenvolvedores a bifurcar o código, pois a chave privada está sob controle da FTX.

Mango Max também observou que:

“Quando entrei em contato com algumas pessoas anteriormente envolvidas com a Serum, obtive respostas como: 'Gostaria de ter mais informações para ajudá-lo, mas realmente não tenho'”.

Provedores de liquidez, como o Jupiter, o agregador mais popular da Solana, confirmaram o desligamento da Serum como fonte de liquidez “devido a preocupações de segurança sobre autoridades de atualização, e também incentivamos todos os nossos integradores a fazer o mesmo”. Outros projetos, como Mango Markets e SolBlaze, também anunciaram a integração com o novo fork.

Confirmando que desativamos o @ProjectSerum como fonte de liquidez há algumas horas devido a preocupações sobre a segurança em relação às autoridades de atualização, e também incentivamos todos os nossos integradores a fazer o mesmo.

O ecossistema está trabalhando em um hard fork agora, e vamos apoiá-lo o mais rápido possível

— Jupiter Aggregator (@JupiterExchange)

Conforme relatado pelo Cointelegraph, um ataque viabilizou retiradas de US$ 659 milhões na FTX e na FTX US em 11 de novembro. O conselheiro geral da FTX US Ryne Miller confirmou mais tarde que as transações não foram autorizadas e que a FTX US havia movido todas as criptomoedas restantes para armazenamento a frio como precaução .

Uma postagem no blog da empresa forense de blockchain Elliptic sugere que o ataque viu vários tokens na Ethereum, na BNB Smart Chain e na Avalanche removidos. Dos US$ 663 milhões drenados, cerca de US$ 477 milhões são suspeitos de terem sido roubados, enquanto acredita-se que o restante tenha sido movido para armazenamento a frio pela FTX.

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