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Jesse CoghlanJesse Coghlan

Principais exchanges centralizadas ampliam participação de mercado em 2022

As exchanges “de primeira linha”, classificadas em um relatório da CryptoCompare, aumentaram sua participação de mercado para 96% em fevereiro de 2022.

Principais exchanges centralizadas ampliam participação de mercado em 2022
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As principais exchanges de criptomoedas centralizadas atingiram recordes históricos de participação de mercado este ano, à medida que o volume de negociação em criptomoedas se consolida nas plataformas de algumas poucas empresas confiáveis.

Essas chamadas exchanges de criptomoedas de “primeira camada” aumentaram sua participação de mercado de 89% em agosto de 2021 para 96% em fevereiro de 2022, de acordo com dados coletados pela empresa de análise do Reino Unido CryptoCompare publicados na segunda-feira.

A empresa analisou mais de 150 exchanges centralizadas ativas, classificando-as em segurança, número de ativos disponíveis, conformidade regulatória, verificações de conheça seu cliente (KYC), entre outros critérios, elencando-as de uma pontuação máxima de AA a uma mínima de F, com o “top tier” recebendo um grau B ou superior.

Um total de 78 exchanges receberam uma nota “top tier”, com Coinbase, Gemini, Bitstamp e Binance como as únicas quatro a receber a nota AA mais alta.

O relatório revelou que as exchanges de primeira linha negociaram um total de US$ 1,5 trilhão em fevereiro de 2022, em comparação com US$ 62 bilhões nas exchanges de "nível inferior". A CryptoCompare afirma que essa métrica mostra que “tanto os traders de varejo quanto os profissionais estão migrando para exchanges de menor risco”.

A consolidação de exchanges ocorreu por meio do fechamento de exchanges e de aquisições por outras exchanges maiores. As principais exchanges de criptomoedas que buscam expansão no exterior às vezes adquirem exchanges menores já licenciadas que operam no país de interesse, como foi o caso da aquisição pela FTX da exchange Japanese Liquid Group em 2 de fevereiro de 2022.

A empresa informou que, desde junho de 2019, 54 exchanges foram fechadas por não serem competitivas no mercado, o que causou uma maior consolidação dos usuários em exchanges de primeira linha. Além disso, a repressão da China às criptomoedas fez com que seis exchanges chinesas fechassem, com os analistas acrescentando:

“Como vimos, os volumes começaram a se concentrar entre as exchanges de primeira linha, e essa é uma tendência que deve continuar no futuro. À medida que a indústria amadurece, esperamos que haja um oligopólio de exchanges dominando os volumes de negociação à medida que sua tração acelera e os players menores são deixados para trás.”

O relatório trouxe à tona alguns desafios futuros para o setor de exchange de criptomoedas, destacando a pressão política exercida sobre as exchanges para impor sanções à Russia como uma área que pode ver mais ações.

“Embora muitas exchanges tenham resistido a essa pressão”, escreveram os analistas, “esse fator político é um risco importante a ser considerado para o futuro das exchanges”.

A movimentação de usuários de criptomoedas que preferem a autocustódia de ativos também foi um problema sinalizado no relatório. “O mantra de ‘não são suas chaves, não são suas moedas’ está se fortalecendo em meio à pressão política recebida pelas exchanges”, afirma o relatório, antes de acrescentar que é um “movimento que pode prejudicar o modelo de negócios das exchanges”.

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