A Autoridade de Valores Mobiliários de Israel (ISA) começou a usar o blockchain para melhorar a segurança cibernética de seu sistema de mensagens, informou o jornal online Times of Israel hoje, 3 de outubro.

O regulador estatal alegadamente incorporou a tecnologia em um sistema apelidado de "Yael", usado para entregar mensagens e outras informações a entidades que se enquadram na supervisão da ISA.

A ISA planeja implementar o blockchain em dois outros sistemas no futuro, incluindo um sistema de votação on-line que permite aos investidores participar de reuniões da ISA a distância e um sistema chamado "Magna" que armazena todos os relatórios apresentados por entidades reguladas pela ISA. A solução blockchain usada pela ISA foi alegadamente desenvolvida pela empresa de TI Taldor, de acordo com o Times of Israel.

Conforme a publicação descreve, a tecnologia pode fornecer soluções robustas para combater a fraude, pois ela pode ser usada para verificar a autenticidade das comunicações, além de proteger contra a edição pós-fato ou exclusões inadequadas.

O regulador é citado pelo Times de Israel dizendo que a transição para o blockchain "adiciona mais uma camada para garantir a credibilidade das informações transmitidas aos órgãos supervisionados". Além disso, um sistema blockchain pode provar ou refutar que uma mensagem foi enviada pela ISA.

Natan Hershkovitz, diretor do departamento de sistemas de informação da ISA, disse que a decisão de integrar o blockchain se alinha com “uma tendência crescente em todo o mundo, e no campo financeiro em particular, para incorporar tecnologias inovadoras e revolucionárias”.

Conforme relatado no mês passado, a Suíca e Israel concordaram recentemente em compartilhar sua experiência na regulamentação da indústria de blockchain, com o secretário suíço de Assuntos financeiros internacionais, Joerg Gasser, dizendo que planeja preparar um relatório descrevendo recomendações gerais para revisão pelo governo israelense.

O Ministério das finanças de Israel, por sua vez, disse que ambos os países concordaram em compartilhar notas sobre a regulamentação financeira, incluindo diretrizes sobre criptomoedas e combate à lavagem de dinheiro (AML).