Investidores de criptomoedas movimentaram US$ 82,2 bilhões em exchanges descentralizadas (DEX) no mês de junho, nos dados do The Block. O volume é 15% menor em relação ao total negociado em maio. A queda na participação das DEX no volume total negociado no mês também caiu. No comparativo entre semestres, no entanto, um aumento no uso de DEX pode ser identificado.
Volume das DEX cai
Considerando as movimentações ocorridas em exchanges centralizadas (CEX) e DEX, o volume total negociado em junho foi de US$ 571,44 bilhões, com crescimento de 6,4% em relação a maio. Desta forma, o total negociado por exchanges descentralizadas representa 16,8% do total movimentado pelas exchanges centralizadas.
A métrica que mede a proporção entre os volumes negociados em plataformas centralizadas e descentralizadas é usada para aferir o uso das DEX. O aumento do volume negociado e a queda no total movimentado em exchanges descentralizadas pode ser visto como um declínio no interesse em relação às DEX em junho.
Proporção de volumes negociados em CEX e DEX em 2023. Imagem: The Block
Panorama geral tem sido positivo
Apesar da queda no interesse entre maio e junho, o uso de exchanges descentralizadas tem crescido nos últimos meses. Em maio, a proporção entre o volume negociado em DEX e CEX registrou sua máxima histórica ao atingir 22%.
Além disso, ao comparar os semestres deste ano e do ano passado, o uso de exchanges descentralizadas exibe um leve aumento. A média da proporção dos volumes negociados em DEX e CEX no primeiro semestre de 2022 é de 14,02%. Neste ano, contudo, a média é de 14,61%.
Entre os primeiros dois trimestres de 2023, a diferença é ainda maior. Entre janeiro e março deste ano, a média mensal dos valores negociados em DEX representaram 11,40% de todo o volume movimentado no período. Já a média dos volumes negociados entre abril e junho, por sua vez, foi de 17,83%.
Conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil, analistas atribuem o crescente interesse por exchanges descentralizadas ao colapso da FTX, ocorrido em novembro do ano passado. A má gestão dos fundos pertencentes aos usuários levantou preocupações sobre a auto custódia no mercado de criptomoedas.
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