Enquanto em 2020 com o valor do salário mínimo fixado naquele ano em R$ 1.039, era possível comprar cerca de 0,036 Bitcoins, com o novo 'mínimo' anunciado, mas ainda não implementado, para 2021, fixado em R$ 1.102, somente poderá ser comprado 0,0054, btcs com a cotação desta sexta, 29.
O fato demonstra como as moedas fiduciárias vêm perdendo seu poder de compra ao longo dos anos e reforça o papel do Bitcoin como uma reserva de valor frente a inflação e a movimentos políticos que acabam impactando na economia.
Caso um trabalhador tivesse aplicado, em janeiro, o valor integral de seu salário mínimo no primeiro mês do ano, ele teria hoje, ao invés de R$ 1.039 cerca de R$ 6.929,81.
Enquanto isso, se ele tivesse mantido o mesmo valor na poupança teria pouco mais de R$ 1.050.
Desvalorização do Real
Diversos fatores têm contribuído para que as moedas nacionais 'derretam' em seu poder de compra, porém, em 2020, uma das moedas nacionais que mais perdeu valor foi o Real brasileiro.
Somente no ano passado, o Real perdeu 28% do seu valor perante o dólar americano registrando o pior desempenho entre as 30 moedas mais negociadas do mundo mais o peso argentino, conforme levantamento feito pelos professores da Fundação Getulio Vargas (FGV) Henrique Castro e Claudia Yoshinaga e publicado na BBC News Brasil.
No entanto, enquanto o Real perdeu 28% de seu valor frente ao dólar o Bitcoin, no mesmo ano, subiu mais de 200% e se tornando um dos investimentos mais rentáveis do ano passado.
Recentemente, comentando sobre o papel do Bitcoin como reserva de valor e proteção as crises econômicas o CEO do Mercado Livre, a maior empresa da América Latina,Marcos Galperin disse que o BTC é melhor que o ouro.
"Acho que o BTC como reserva de valor é melhor do que o ouro. Mas ele não substituirá as moedas de curso legal por conta do custo de energia necessário para processar suas transferências (a computação quântica pode mudar isso). Agora, em um mundo onde os vikings invadem o Capitólio...", disse.
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