O argumento de que o advento das fintechs tem democratizado o sistema econômico pode não ser tão verdadeiro como se pensa.

Pelo menos é isso que aponta estudo inédito da Análise Econômica Consultoria.

Assim, segundo a consultoria, apesar de reduzirem a concentração bancária, as fintechs pouco têm impactado a competição e o poder de mercado dos grandes bancos nos últimos anos. 

Portanto, segundo a empresa, no Brasil, as fintechs não têm se mostrado fortes concorrentes dos bancos, salvo em determinados segmentos.

Fintechs

O argumento também é válido para as fintechs de Bitcoin e criptomoedas.

Segundo dados da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), 84% dos clientes de fintechs também possuem acesso ao sistema bancário tradicional.

Ainda que o segmento esteja em crescimento, expansão e consolidação, atualmente não há grande ruptura no setor bancário.

Afinal, segundo a empresa, a diminuição da concentração de mercado não está diretamente relacionada à competição (poder de mercado), segundo estudo da Análise Econômica Consultoria.

Concentração bancária

Entre 2018 e 2019, foi possível observar ligeira redução na concentração bancária.

Assim caiu de 81,2% para 81% a detenção dos ativos totais do segmento bancário pelos cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander), segundo relatório de Economia Bancária 2019 do Banco Central do Brasil.

Ainda que de forma gradual e distendida, a chegada de novos players, como as fintechs, é potencialmente redutora da concentração bancária ao longo dos anos.

O poder de disrupção das fintechs existe e vem gerando mudanças de processos e em modelos de negócios tradicionais, com destaque aos setores de meios de pagamento e crédito, como aponta o estudo da Análise Econômica Consultoria. 

Com mudanças estruturais no segmento (como o Open Banking e o PIX, por exemplo), além dos próprios avanços tecnológicos, a concentração bancária deve ser reduzida a competição deve efetivamente se acirrar, segundo estudo da Análise Econômica Consultoria.

“O ambiente institucional e a regulação do setor são fatores determinantes sobre o grau de concentração e o grau de competição no setor financeiro brasileiro”, aponta o material. 

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