Nesta última semana, o preço do Bitcoin (BTC) teve uma queda considerável, de quase 30%, ficando no nível mais baixo desde dezembro de 2020, a mínima alcançada ficou próxima dos US$ 25,4 mil.

Conforme análise técnica da Transfero, o suporte de US$ 29 mil foi rompido com grande volume, confirmando a tendência de baixa no cenário atual do mercado.

“Porém, rapidamente o movimento de alta apareceu, levando o preço ao patamar acima do grande suporte de US$ 29 mil”, observaram os analistas.

Fonte: Trading View

Segundo a equipe da Transfero, para os próximos dias essa tendência de queda pode se reverter, caso o BTC encontre forças para ficar acima dos US$ 29 mil neste próximo fim de semana (dias 14 e 15 de maio).  Nesse cenário, conforme análise da Transfero, a faixa dos US$ 34 mil seria a primeira resistência a ser alcançada. 

"Mas, vale destacar que o cenário global atual, não só no mundo cripto, teve grandes quedas neste início do mês de maio. O bear market tem ganhado força nas últimas semanas e, como já vimos antes, o bitcoin acaba sendo um refúgio do mercado tradicional para uma corrida por liquidez. Caso essa queda se mantenha com força, o próximo grande suporte seria o último ATH de 2017, no preço de US$ 19.667", finaliza a empresa.

O mercado é feito de ciclos

Já Flávia Jabur, Community Manager da Liqi, aponta que o mercado é feito de ciclos. Além disso, atualmente há uma aversão dos investidores com ativos de risco, como os criptoativos, devido a diversos fatores de tensão global.

"A conta da impressão de dinheiro que houve durante o período de lockdown na pandemia, chegou, e agora a economia global está sendo impactada pela inflação. Como consequência disso, os governos estão aumentando os juros para conter este cenário, e isso faz com que os investidores migrem para a renda fixa. Além disso, a Guerra na Ucrânia continua, e a Rússia está no centro das atenções. Recentemente o presidente russo, Vladimir Putin, disse que se a Finlândia e a Suécia entrarem para a Otan, 'certamente provocaria nossa resposta'" disse.

Segundo Jabur, outro aspecto é o lockdown na China, que acaba reduzindo a atividade econômica na segunda maior economia do mundo.

"Todos esses acontecimentos geram um alerta para os investidores, e muitos acabam saindo da renda variável para buscar mais estabilidade na renda fixa.Vale ressaltar que as criptomoedas vem acompanhando a movimentação do S&P500, isso por que durante a pandemia esses investidores compraram criptoativos e ações para especular o mercado, tentando obter uma renda extra", apontou.

Diante destes cenários, ela destaca que o mercado é feito de ciclos porém é inegável o potencial de crescimento das criptomoedas, visto que hoje temos grandes empresas que compram Bitcoin como reserva de valor, e até El Salvador tornou o Bitcoin moeda de curso legal no país.

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