A Harvard Management Company, entidade responsável por administrar o fundo patrimonial de US$ 53 bilhões da universidade, informou um investimento multimilionário no ETF de Bitcoin da BlackRock.
Em um documento protocolado na sexta-feira na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), Harvard divulgou a posse de cerca de 1,9 milhão de ações do ETF iShares Bitcoin (BTC) em 30 de junho. A exposição em BTC estava avaliada em mais de US$ 116 milhões, tornando-se o quinto maior investimento do fundo no período, atrás apenas de Microsoft, Amazon, da empresa de tecnologia de viagens Booking Holdings e da Meta.
Harvard informou que seu fundo patrimonial era de US$ 53,2 bilhões em 30 de junho de 2024, sendo o maior entre as universidades dos EUA, à frente de Yale, Stanford e Princeton.
“O fundo patrimonial e sua alocação de ativos são configurados para antecipar que você terá alguns períodos voláteis”, disse Robert Kaplan, professor Martin Marshall de prática de gestão em administração de empresas, em um vídeo de 2017 explicando o fundo.
Embora o fundo tenha se concentrado principalmente em investimentos em empresas de tecnologia em 2025, Harvard supostamente considerou comprar ações em fundos cripto já em 2018. A Universidade de Emory tornou-se uma das primeiras grandes instituições de ensino superior dos EUA a relatar exposição a ETFs de ativos digitais em 2024, comprando 2,7 milhões de ações do Grayscale Bitcoin Mini Trust, no valor de mais de US$ 15 milhões na época.
Caminho da aprovação da SEC até a adoção universitária
A SEC aprovou a listagem e negociação do ETF de Bitcoin da BlackRock e de outros 10 fundos em janeiro de 2024. O fundo cresceu para ter mais de US$ 86 bilhões em ativos líquidos em 8 de agosto, segundo dados da BlackRock.
Na terça-feira, a SEC disse que aumentaria o número de contratos de opções permitidos de 25.000 para 250.000 “para todos os ETFs com opções”, o que incluiria o iShares Bitcoin ETF. Alguns esperam que a medida aumente a demanda pelo veículo de investimento em cripto.