Depois de sofrer diversas críticas por conta de sua falta de atuação na formulação de ações para conter o avanço do Coronavírus no Brasil, que resultou em um 'panelaço' em 17 de março, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou em 18 de março uma série de medidas visando conter a crise no país.
Entre as principais medidas anunciadas estão o adiamento, em três meses, do pagamento do Simples Nacional e do FGTS, além da antecipação das duas parcelas do 13º de aposentados e pensionistas, liberando R$ 46 bilhões na economia. Já para a população mais pobre, o governo informou que vai liberar cerca de R$ 3 bilhões para o Bolsa Família. O valor corresponde à inclusão de mais 1 milhão de famílias entre os beneficiários.
No entanto, apesar dos anúncios, grande parte das medidas já haviam sido anunciadas anteriormente pelos ministros, que, descontentes com as declarações do presidente, resolveram publicar determinações unilaterais. Ainda durante o anúncio o presidente fez questão de salientar que a pandemia do Coronavírus no Brasil virou histeria.
"Esse sentimento de histeria passou a acontecer depois do dia 15 de março. Minha obrigação como chefe de Estado é antecipar os problemas e levar a verdade para a população brasileira e que essa verdade não ultrapasse o limite do pânico", disse Bolsonaro sobre a pandemia do novo coronavírus. Ele afirma que a questão é grave, preocupante, mas que "não podemos entrar no campo da histeria".
Durante o anúncio o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que os casos no Brasil ainda vão crescer e que o SUS está preparado para realizar os testes na população, "Teremos dias duros, semanas cansativas, em que esse assunto vai nos trazer extremo estresse", disse Mandett.
Diferente de outras nações, o presidente não anunciou o fechamento de fronteiras (somente com a Venezuela) e, tampouco medidas de quarentena. Já o Ministro de Justiça, Sergio Moro, reforçou durante o anúncio que as pessoas infectadas com o Coronavírus que se negarem a serem internadas poderão ser presas.
Como vem noticiando o Cointelegraph o avanço do Coronavírus no Brasil e no mundo levou os mercados a registrar os piores resultados em anos. A Bolsa de Valores do Brasil, B3, registrou 6 circuit breaks até o momento (quando os índices caem acima de 10% e as negociações são suspensas por 30 min).
O movimento não tem sido diferente no mercado de criptomoedas que, apesar de negociar lateralmente no momento da escrita, já registrou desvalorização de 50%.Em um único dia, o Bitcoin caiu quase 45%.
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