Devido à pandemia de coronavírus, toda a economia mundial deve entrar em recessão, segundo um novo relatório do Goldman Sachs, com atenção especial para economia da China, que hoje dita o ritmo mundial de crescimento.

A economia da China encolheu 6,8% no 1º trimestre, primeira queda da série histórica que é monitorada desde 1992. Ou seja, há trinta anos que a china cresce ininturruptamente.

"Os dados do PIB do primeiro trimestre ainda estão amplamente dentro das expectativas, refletindo as perdas da paralisação econômica quando toda a sociedade estava isolada", disse Lu Zhengwei, economista-chefe do Industrial Bank.

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Imagem: Financial Times

Esse quadro de desaceleração também segundo o FMI é uma preocupação a mais para todos os países, pois a previsão de crescimento para a China esse ano será de 1,2%. Para o Brasil, que teve sua previsão de crescimento revisada essa semana, a expectativa de crescimento será perto de zero.

Esse quadro, embora pareça nefasto, para analistas da Pimco Research, por conta dos estímulos dados pelo Federal Reserve (FED) para manter a economia americana aquecida, promoverá um crescimento cíclico moderado.

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Imagem: Pimco

A economia chinesa é muito dinâmica e diversificada, logo sua capacidade de recuperação são maiores que as do Brasil, por exemplo, que ainda é muito dependente da exportação de commodities agrícolas e minerais. Enquanto a chinesa possui o maior parque industrial do mundo.

O índice de preços de consumo na China, já mostram uma queda no consumo nacional chinês.

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Imagem: Financial Times

A queda do PIB pressionará a liderança do país a fornecer mais estímulos para evitar um declínio no segundo trimestre que mergulharia a China em uma recessão total.

Portanto, espera-se que o Banco Central chinês libere volumes recordes de estímulo à indústria local para que esta não perca o fôlego.

Para o Banco Central brasileiro, a expectativa de queda da economia estará na ordem de 5%, segundo boletim Focus, divulgado essa semana.

Projeção do relatório Focus para o PIB em 2020

Enquanto isso o mercado de criptoativos brasileiro parece não estar se importando com as perpectivas de queda da economia tradicional.

Esse ano ocorrerá o halving, onde as expectativas de crescimento da cotação do Bitcoin eleva o humor de todos os investidores, haja visto o crescimento de demanda nas exchanges nacionais, com as exchanges Foxbit, Mercado Bitcoin, BitcoinTrade e Binance registrando alta de 15 a 30% de novos clientes em comparação com a média de clientes mensais em 2019.