A empresa de tecnologia educacional com sede em Singapura e impulsionada por inteligência artificial, Genius Group, adicionou 20 BTC à sua tesouraria de Bitcoin na semana passada como parte de sua estratégia de longo prazo para construir uma reserva de 10.000 BTC — dobrando seus ativos em apenas um mês.
Segundo um anúncio feito na terça-feira, a Genius Group adquiriu os 20 Bitcoin (BTC) na sexta-feira, elevando suas reservas totais para 200 BTC. O BTC foi negociado entre US$ 117.000 e US$ 120.600 no dia, de acordo com dados da Nansen.
O anúncio afirmou que os 20 BTC foram adquiridos a um preço médio de US$ 106.812 por BTC, de 9,5% a 12,9% abaixo do valor de mercado. Com um custo total de US$ 2,14 milhões para BTC que valem US$ 2,35 milhões no momento da redação, a Genius já registra um lucro de US$ 216.000, aproximadamente 9,8%, segundo o comunicado.
A Genius Group não respondeu imediatamente ao pedido do Cointelegraph sobre como obteve BTC com desconto.
A compra mais recente é parte de uma série de aquisições realizadas este mês: 20 BTC em 2 de julho, 28 BTC em 8 de julho e 32 BTC em 13 de julho, conforme dados do site BitcoinTreasuries.NET.
As transações dobraram a reserva de Bitcoin da empresa, de 100 BTC para 200 BTC.
A Genius Group planeja alcançar 1.000 BTC até o final de 2025 e atingir 10.000 BTC em até dois anos. A empresa também afirmou que a aprovação do projeto GENIUS Act, nos EUA, ajudará a acelerar suas iniciativas educacionais baseadas em blockchain.
A empresa pretende solicitar uma licença de emissor de stablecoin autorizado para pagamentos (PPSI), conforme as novas regras americanas, e também uma licença separada para atuar como provedora de serviços de ativos digitais (DASP) não bancária.
A última aquisição de BTC vem após o anúncio, no final de junho, de que a empresa pretende distribuir possíveis lucros provenientes de dois processos judiciais que buscam indenizações superiores a US$ 1 bilhão.
Recompensas tokenizadas e ambições com stablecoins
A Genius Group afirmou que o GENIUS Act permitirá a expansão da Genius Academy, sua plataforma de aprendizado baseada em blockchain. A academia premia alunos com Genius Education Merits (GEMs), cada um equivalente a um satoshi (um milionésimo de BTC).
Os GEMs podem ser acumulados e trocados como milhas aéreas, mas não são conversíveis em moeda fiduciária ou cripto. Caso seja aprovada para a licença PPSI, a Genius pretende converter os GEMs em uma stablecoin, utilizável como moeda digital dentro do ecossistema da empresa.
Atualmente, educadores, mentores e parceiros recebem via infraestrutura financeira tradicional. Com a licença PPSI, a empresa pretende viabilizar pagamentos diretos via stablecoins para carteiras digitais.
A Genius Group também está desenvolvendo cursos e certificações on-chain. Se for aprovada como DASP, essas credenciais seriam reconhecidas como ativos digitais regulados, conferindo direitos de propriedade intelectual em blockchain para educadores.
A empresa também planeja organizar aceleradoras e retiros presenciais, onde participantes poderão pagar com GEMs ou com sua futura stablecoin por hospedagem, alimentação, entretenimento e outros serviços.
GENIUS Act beneficiará a Ethereum
O GENIUS Act cria um marco nacional de licenciamento para emissores de stablecoins, exige lastro 1:1, proíbe stablecoins algorítmicas sem garantia e impõe regras de combate à lavagem de dinheiro (AML). Também garante que os detentores de stablecoins tenham status de credores prioritários em caso de insolvência.
Andrew Keys, CEO do recém-anunciado fundo de rendimento com Ether, Ether Machine, declarou que a Ethereum será o maior beneficiário do GENIUS Act. Em entrevista à CNBC nesta segunda-feira, ele destacou que a Ethereum permite a tokenização de ativos, incluindo stablecoins.
“O maior beneficiário do GENIUS Act é a Ethereum, porque a maioria das stablecoins está implementada sobre ele”, disse Keys.
Ele acrescentou que a Ethereum está demonstrando uma dinâmica de lei de potência, com cerca de 90% dos ativos tokenizados e stablecoins construídos em sua rede, assim como a maioria das buscas na internet acontece via Google.