O mercado de criptomoedas por muitos anos esperou pelo interesse de grandes investidores institucionais e segundo uma pesquisa da gestora Fidelity parece que este jogo finalmente virou a favor dos criptoativos.

A pesquisa da gestora de investimentos aponta que o interesse de investidores institucionais pelos criptoativos escalou de forma expressiva nos últimos doze meses, chegando agora a 71% a parcela de institucionais do seleto grupo que quer investir em criptomoedas.

Christine Sandler, chefe de marketing da Fidelity, comentou os resultados do estudo em matéria publicada na Exame:

“Um forte indicador do aumento da maturidade do mercado de ativos digitais tem sido a diversidade de players institucionais nos últimos 12 a 15 meses. Anteriormente, a adoção institucional foi impulsionada principalmente por empresas nativas do setor e pequenos escritórios, mas vimos um aumento no interesse de instituições tradicionais e intermediários financeiros, o que está contribuindo para o crescimento ano após ano da sua adoção”.

Outros números da pesquisa são reveladores: 52% dos entrevistados em regiões como Europa, Ásia e Estados Unidos já são investidores de criptoativos - direta ou indiretamente. Na Ásia, a parcela chega a 71%, com 56% só na Europa e 33% nos EUA. Em todas as regiões houve alta no último período.

Há também preocupações crescentes com a volatilidade e a segurança do criptomercado, mas a Fidelity diz que os institucionais estão cada vez mais receptivos aos investimentos em criptoativos:

"A expectativa de que a grande maioria das instituições terão alguma exposição aos criptoativos até 2026 mostra que os investidores têm um entendimento maior sobre esta classe de ativos e progrediram na jornada entre educação e adoção".

A pesquisa ouviu 1.100 investidores de alto patrimônio, escritórios de advocacia, fundos de hedge, consultores financeiros e gestores de investimentos.

Desde o começo de 2020, gigantes de investimentos institucionais como MicroStrategy e Galaxy Digital tornaram-se alguns dos maiores investidores de Bitcoin do mundo, com aportes - e rendimentos - bilionários ao longo do último ano.

Apesar disso, nem todos saíram do atual movimento de alta confiantes. A gestora britânica Ruffer lucrou mais de US$ 1 bilhão com Bitcoin, mas deixou o mercado descartando o papel do criptoativo como reserva de valor, declarando ser um ativo muito volátil e especulativo.

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