A Galaxy Digital reportou um lucro líquido de US$ 30,7 milhões no segundo trimestre de 2025, revertendo a perda de US$ 295 milhões registrada no trimestre anterior.
A empresa de ativos digitais e infraestrutura atribuiu a recuperação aos ganhos nas participações de balanço patrimonial e ao forte desempenho de sua divisão de mercados globais, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira.
O trimestre terminou com as reservas de Bitcoin da Galaxy aumentando para 17.102 Bitcoin (BTC), avaliadas em US$ 1,95 bilhão. A empresa detinha 13.704 BTC no fim do primeiro trimestre, indicando que adicionou 4.272 BTC no segundo trimestre, conforme divulgado em um suplemento financeiro.
O total de ativos digitais da empresa, incluindo BTC, Ether (ETH), USDC (USDC), Solana (SOL) e XRP (XRP), atingiu US$ 3,56 bilhões em valor contábil. O Bitcoin permaneceu como a maior posição individual, representando mais da metade dos ativos da Galaxy medidos pelo valor justo.
Galaxy registra US$ 211 milhões em EBITDA apoiado por ganhos de tesouraria
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ficou em US$ 211 milhões, impulsionado por um lucro bruto ajustado de US$ 228 milhões oriundo dos segmentos de tesouraria e corporativo.
Enquanto isso, os ativos digitais geraram US$ 71,4 milhões em lucro bruto ajustado, um aumento de 10% em relação ao trimestre anterior. No entanto, o EBITDA ajustado no segmento de ativos digitais permaneceu estável em US$ 13 milhões, devido ao aumento nas despesas.
“Não poderia estar mais animado. Julho foi, em todos os aspectos, o melhor mês que tivemos na Galaxy. Todos os nossos negócios estão operando a todo vapor,” disse Mike Novogratz, fundador e CEO da Galaxy.
A unidade de Mercados Globais da Galaxy se destacou com um salto de 28% trimestre a trimestre no lucro bruto ajustado, totalizando US$ 55,4 milhões. Isso ocorreu apesar de uma queda de 22% no volume de negociação, já que a empresa conseguiu superar as tendências gerais do mercado. A média da carteira de empréstimos aumentou para US$ 1,1 bilhão, impulsionada pela demanda por empréstimos com margem.
O segmento de gestão de ativos e soluções de infraestrutura da empresa registrou uma queda de 26% no lucro, refletindo uma atividade on-chain mais lenta e recompensas de staking reduzidas. Ainda assim, os ativos sob gestão e staking aumentaram 27%, chegando a US$ 9 bilhões, impulsionados pela alta nos preços das criptos e novos aportes.
Galaxy atinge marcos operacionais
Além dos resultados financeiros, a Galaxy alcançou avanços operacionais significativos. Concluiu a venda de mais de 80.000 BTC em nome de um cliente, uma das maiores transações desse tipo já realizadas.
Enquanto isso, seu campus de data center Helios está em expansão, com a CoreWeave agora comprometida com toda a capacidade aprovada de 800 megawatts. A Galaxy também garantiu mais 160 acres de terreno e fez um pedido de interconexão de 1 gigawatt, preparando o terreno para até 3,5 gigawatts de capacidade energética no Helios.
“O Helios será um dos cinco maiores data centers do mundo, se conseguirmos construir tudo isso,” disse Novogratz. “Não poderia estar mais otimista.”
A Galaxy começou a ser negociada na Nasdaq sob o ticker GLXY em maio, após sua reorganização corporativa.