A Galaxy Digital fechou um fundo de capital de risco de US$ 175 milhões, o primeiro com capital externo, à medida que a empresa intensifica os planos para investir em startups cripto em estágio inicial.
O fundo, que superou a meta de US$ 150 milhões, marca a primeira vez que a Galaxy aceita capital externo. Até agora, a empresa havia confiado exclusivamente em seu próprio balanço patrimonial para investimentos de risco, segundo um comunicado à imprensa divulgado na quinta-feira.
O fundo tem como alvo setores de alto crescimento, como stablecoins, tokenização e pagamentos, além das camadas de software que os sustentam.
“Estamos vendo uma aceleração na adoção tanto por instituições quanto por usuários de varejo em todo o mundo — especialmente em casos de uso como pagamentos, mercados de capitais e serviços financeiros de forma mais ampla”, comentou o sócio-gerente Mike Giampapa.
Galaxy supera meta do fundo apesar da desaceleração
O fundador e CEO Mike Novogratz afirmou que a empresa conseguiu fechar seu primeiro fundo de venture acima da meta em um dos períodos mais difíceis para captação de recursos no setor cripto.
“Com raízes profundas nos mercados on-chain e na infraestrutura blockchain, estamos comprometidos em apoiar fundadores e startups que estão construindo casos de uso reais e moldando o próximo capítulo da adoção cripto”, acrescentou.
O novo fundo é ancorado pela própria Galaxy, que detém participações como sócia-gerente (general partner) e como investidora (limited partner). Ele atraiu uma ampla gama de apoiadores, incluindo instituições, escritórios familiares e empresas de ativos digitais.
A Galaxy anunciou um primeiro fechamento de US$ 113 milhões em julho de 2024 e já alocou US$ 50 milhões, investindo em empresas como a Monad (uma blockchain com foco em desempenho) e a Ethena (emissora de uma stablecoin com rendimento).
O Cointelegraph entrou em contato com a Galaxy para comentar, mas não recebeu resposta até o momento da publicação.
Galaxy se torna um gigante cripto
Fundada em 2018 pelo ex-sócio do Goldman Sachs, Mike Novogratz, a Galaxy tornou-se um conglomerado cripto de grande escala, com atuação em gestão de ativos, fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin, mineração e investimentos de risco.
Em maio, a empresa foi listada na Nasdaq e relatou US$ 7 bilhões em ativos sob gestão. Ainda assim, sofreu uma perda de US$ 295 milhões no primeiro trimestre de 2025, devido à queda nos preços e à reestruturação em sua divisão de mineração.
Conforme relatado pelo Cointelegraph, a Galaxy Digital teve seu maior dia de negociação de 2024 em 5 de novembro, dia em que as eleições dos EUA foram decididas e Donald Trump foi declarado presidente eleito. Naquele dia, o patrimônio líquido de Novogratz aumentou cerca de 15%, ou aproximadamente US$ 600 milhões, totalizando US$ 4,6 bilhões.