Esqueça uma alta de 400% para o Bitcoin, isso é pouco e o mercado de criptomoedas está prestes a viver seu momento mais explosivo. Pelo menos é o que afirma Raoul Pal, ex-executivo do Goldman Sachs, que acredita que a maior valorização do Bitcoin ainda está por vir.

Durante o evento Sui Basecamp, Pal compartilhou uma visão otimista: mesmo com o atual ciclo econômico mais lento, o setor caminha para uma fase parabólica que ele chama de "Zona das Bananas". Esse estágio pode se estender até meados de 2026, com picos inéditos de preço.

Pal aponta que a liquidez global começa a aumentar, ainda que as taxas de juros continuem altas. Essa mudança favorece o crescimento de ativos de risco como o Bitcoin. Segundo ele, investidores devem evitar decisões impulsivas, como usar alavancagem ou vender precocemente. “Segurem seus chapéus”, disse, alertando para quedas temporárias de 30% a 35% que não significam o fim do ciclo.

Ao mesmo tempo, os ETFs de Bitcoin listados nos EUA estão impulsionando uma onda agressiva de compras. De acordo com o relatório da HODL15Capital, apenas na última semana, os fundos adquiriram 18.644 BTC, quase seis vezes mais do que os mineradores produziram no mesmo período.

Essa discrepância entre oferta e demanda reflete a força institucional do movimento. O fundo IBIT, da BlackRock, registrou uma sequência de 17 dias de entradas líquidas, somando cerca de US$ 2,5 bilhões apenas nos últimos cinco dias úteis.

Perspectiva regulatória também favorece alta no Bitcoin

Enquanto o Bitcoin já conta com ETFs ativos, outras criptomoedas tentam seguir o mesmo caminho. A SEC deve anunciar até 5 de maio sua decisão sobre o ETF de Litecoin, com chances de aprovação estimadas em 90%, segundo analistas da Bloomberg. Outros criptoativos como Solana, XRP e Dogecoin também aguardam respostas positivas.

Além disso, a pressão por clareza regulatória cresce. Um grupo formado por Kraken, Consensys e a16zcrypto enviou uma carta à SEC defendendo a inclusão do staking em ETFs, prática comum no Canadá e na Europa.

Desse modo, segundo ele, fundamentos técnicos, liquidez crescente e o avanço dos ETFs, Raoul Pal enxerga um cenário onde o Bitcoin não só ultrapassa os 400% de valorização anteriores, como alcança níveis jamais vistos. O ciclo atual, segundo ele, está apenas no começo.

ETFs de Bitcoin compram seis vezes mais do que mineradores produzem

Favorecendo a visão de Pal, os ETFs de Bitcoin à vista negociados nos Estados Unidos estão impulsionando uma onda de compras agressiva. Segundo dados divulgados em 4 de maio pela HODL15Capital, esses fundos adquiriram 18.644 BTC na última semana. No mesmo período, os mineradores produziram apenas 3.150 BTC, ou cerca de 450 unidades por dia.

Esse desequilíbrio entre oferta e demanda reforça o interesse crescente dos investidores institucionais, que ampliaram suas posições após o recente halving, evento que reduziu a emissão de novos Bitcoins. Mesmo com uma saída líquida no dia 30 de abril, os dados da Farside Investors revelam que o fluxo líquido semanal somou aproximadamente US$ 1,8 bilhão.

Desde 16 de abril, o mercado registrou apenas um dia com saídas líquidas. A recuperação dos preços e o aumento do otimismo do mercado ajudam a sustentar esse movimento. O Bitcoin chegou a US$ 97.700 em 2 de maio, seu maior valor em seis semanas, antes de recuar para a faixa dos US$ 94.000.

O destaque entre os fundos vai para o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, que acumula uma sequência de 17 dias consecutivos de entradas líquidas, captando quase US$ 2,5 bilhões apenas nos últimos cinco pregões. O presidente da ETF Store, Nate Geraci, destacou que, mesmo com o acesso ainda limitado em algumas plataformas de investimento, os ETFs de Bitcoin à vista já formam um mercado de quase US$ 110 bilhões.

“Esses ETFs operam com uma mão amarrada nas costas”, afirmou Geraci. “Imagine o impacto quando os assessores financeiros puderem oferecer livremente esses produtos.”