Durante o LIFT DAY, Jorge Ribeiro Borges, da Fireblocks, apresentou uma proposta de aplicação do Real Digital capaz de unir o sistema regulado do Banco Central do Brasil (BC) com o ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi) do mercado de criptoativos, além de ligar a CBDC nacional com plataformas de metaverso, play-to-earn, entre outros.

Na solução proposta pela empresa, diversas tecnologias são reunidas com os protocolos da AAVE e da Polygon para permitir a criação de pools de liquidez permissionados que funcionam como geradores de liquidez para aplicações do Real Digital, como tokens de títulos públicos, empréstimos agrícolas, entre outros, e também cria uma ponte deste ecossistema com o ecossistema cripto.

Ribeiro destacou que a solução é composta por diferentes tecnologias e etapas de segurança como sistema de KYC, KYT e AML, sendo que além das regras tradicionais que já incorporam estes sistemas, eles poderiam ser adaptados a necessidades do BC para aumentar a segurança.

Todos os participantes dos Pools de liquidez permissionados teriam que ter validação em todos estes processos. Os pools, por sua vez, seriam criados pelos reguladores específicos de cada setor, como a CVM para tokens envolvendo valores mobiliários, Detran para empréstimos com veículos como garantia, entre outros.

Dentro dos pools, soluções de oráculos determinariam o valor dos ativos e a privacidade das transações seriam garantidas por protocolos em ZKs ou por soluções de identidade descentralizada como o Polygon ID. Além disso, haveria regras de governança para congelar transações de risco.

Segundo a Fireblocks o desenvolvimento da aplicação permite a interoperabilidade em mais de 40 blockchains diferentes, habilitando todo o ecossistema de Web3 para o Real Digital.

Polygon ID

A solução de escalabilidade de segunda camada da Ethereum, Polygon  (MATIC) anunciou o lançamento do Polygon ID no ano passado. A plataforma de identidade adota a tecnologia de conhecimento zero baseada em criptografia, e utiliza o kit de ferramentas Circom ZK da Iden3, incluindo criptografia zk-SNARK para a geração e o protocolo zk-Proof Request Language para verificar a autenticidade de a alegação proposta.

Os usuários da plataforma podem fornecer prova de sua identidade ao participar de atividades como ICOs, Airdrops, negociação de exchanges descentralizada (DEX) ou aquelas em que se aplicam requisitos rigorosos de identificação (KYC).

Com a capacidade de introduzir um mecanismo de um voto por pessoa resistente a Sybil, os casos de uso também podem se expandir além do setor DeFi, para as indústrias de metaverso, gamificação e token não fungível (NFT), em que a autenticidade de ativos é verificada via on-line. cadeia, reivindicações privatizadas.

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