Alguns titulares de contas da Voyager Digital ficaram surpresos quando descobriram que seus depósitos não tinham a proteção que pensavam ter depois que a corretora de criptomoedas e o credor entraram em falência na terça-feira. Isso pode gerar consequências adicionais para a Voyager Digital.

A Voyager Digital entrou com pedido de falência sob o Capítulo 11, citando dívidas de até US$ 10 bilhões a 100.000 credores em uma crise provocada depois que o fundo de hedge de Cingapura Three Arrows Capital (3AC) deixou de pagar um empréstimo de 15.250 Bitcoin (BTC) e 350 milhões de USD Coin (USDC) uma semana antes.

De acordo com o site da Voyager Digital, “Seu USD é mantido por nosso parceiro bancário, Metropolitan Commercial Bank, que é segurado pelo FDIC, portanto, o dinheiro que você mantém com a Voyager está protegido”. O banco detém US$ 350 milhões em depósitos de clientes da Voyager Digital.

A Corporação Federal de Seguro de Depósito dos Estados Unidos (FDIC) garante contas de até US$ 250.000 por depositante em caso de falência do banco, explicou o Metropolitan Commercial Bank em comunicado, acrescentando que o FDIC não oferece proteção contra a falência da Voyager Digital ou contra a perda de criptomoeda.

Declaração do Metropolitan Commercial Bank sobre o seguro #FDIC para clientes #Voyager. Más notícias, receio.

— Frances Schadenfreude Cassandra (@Frances_Coppola) 2 de julho de 2022

De acordo com o The Wall Street Journal na quinta-feira, fontes não identificadas disseram que os depositantes da Voyager Digital deveriam receber todo o dinheiro de suas contas mantidas no banco eventualmente, como a Voyager Digital prometeu. Uma fonte também disse ao jornal que o FDIC estava analisando o marketing da Voyager Digital.

A Voyager Digital disse que seu plano de reorganização proposto previa que, sujeito a várias contingências, “clientes com criptomoeda em sua(s) conta(s) receberão em troca uma combinação da criptomoeda em sua(s) conta(s), produto da recuperação da 3AC, ações ordinárias da empresa recém-reorganizada e os tokens da Voyager.”

Duas das coisas mais interessantes no pedido de falência da Voyager:

(1) A segunda maior exposição da Voyager é a Alameda Research. Portanto, há algum capital reciclado. A Voyager empresta US$ 377 milhões à Alameda, e a Alameda empresta US$ 75 milhões à Voyager. Além de a Alameda ser a maior acionista da Voyager (9,5%). 1/

— Adam Levitin (@AdamLevitin) 6 de julho de 2022

Também foi notado que a Voyager Digital tinha uma relação financeira complexa com a Alameda Research, que é apoiada por Sam Bankman-Fried. A Alameda Research é simultaneamente o maior acionista e o segundo maior credor da Voyager Digital, com US$ 377 milhões, devendo à Voyager Digital US$ 75 milhões.

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