O analista de criptomoedas Willy Woo apontou nesta semana as semelhanças entre o mercado de Bitcoin (BTC), que chegou a 135 milhões de pessoas em janeiro de 2021, e os usuários de internet, que chegaram a este número em 1997.
Segundo a Exame, Woo acredita que o Bitcoin está no estágio de "adotantes iniciais" da curva de adoção, com evolução mais rápida do que a rede mundial de computadores.
A curva de adoção é um modelo sociológico usado para descrever a adoção ou aceitação de um produto ou inovação, levando em conta características demográficas e psicológicas dos usuários. O Bitcoin está saindo da primeira fase, dos "inovadores", que são representados por 2,5% da população global, ou 155 milhões de pessoas.
Com crescimento mais rápido do que a internet, o mercado de Bitcoin pode saltar para 1 bilhão de pessoas em 4 anos, até 2025. Depois disso, explica Woo, o BTC entrará na terceira fase, de "maioria inicial", que acontece quando uma inovação é adotada em escala global, atingindo 34% da população mundial:
“Em termos de adoção, o Bitcoin tem praticamente o mesmo número de usuários que a Internet tinha em 1997. Mas o Bitcoin está crescendo mais rápido. Se mantiver o ritmo nos próximos quatro anos, o bitcoin chegará a 1 bilhão de pessoas, o que equivalente ao ano de 2005 para a internet”
O analista já havia alertado para a velocidade da adoção do Bitcoin em dezembro de 2020, comparando a criptomoeda com outra inovação global: o número de telefones móveis no mundo.
“A curva de adoção do Bitcoin já é mais rápida do que qualquer outra implementação de infraestrutura que existiu antes dele. Está crescendo mais rápido que a implementação da Internet, dos telefones móveis e de ‘bancos virtuais’ como o Paypal”
A análise de Willy Woo é baseada em estimativas e análises de blockchain, mas pode não ser 100% fiável já que não é possível mensurar o número concreto de donos de carteiras de Bitcoin, já que muitas carteiras são anônimas e usuários podem ter mais de uma carteira na blockchain.
Além disso, fundos de investimento reúnem centenas e até milhares de cotistas em uma só carteira, não entrando portanto nas análises de blockchain.
Neste jogo, o número de usuários de exchanges de criptoativos são mais confiáveis, pois os procedimentos de identidade permitem uma conta por usuário. Hoje, no mundo, 64 milhões de carteiras de criptomoedas foram criadas até 24 de janeiro de 2021, segundo a empresa de análise de dados Statista.
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