O encerramento de contas corrente de exchanges de Bitcoin não atinge somente as plataformas do Brasil, no Chile, o Banco de Crédito e Inversiones (BCI) anunciou em 07 de janeiro de 2020 o encerramento da conta da exchange Chilebit, a primeira exchange de criptomoedas do país.

O Cointelegraph teve acesso ao documento enviado pelo banco a exchange e no qual o BCI não traz nenhuma justificativa para o encerramento da conta e destaca apenas prazos e procedimento que devem ser cumpridos. Nossa equipe tentou contato com Tiago Struck, CEO da plataforma, contudo, ele informou que estava em busca de uma solução para os clientes e que não poderia atender naquele momento.

Esta não é a primeira vez que bancos chilenos apertam o cerco contra exchanges de criptomoedas. Em 2018, as plataformas CryptoMKT, Buda.com e OrionX tiveram suas contas encerradas por bancos tradicionais e acabaram tendo que recorrer na justiça para conseguir o direito de manter suas operações.

No início de 2019 o tribunal anti-monopólio chileno concedeu proteção às exchanges de criptomoedas locais forçando os bancos a manterem suas contas abertas. Contudo a Suprema Corte do Chile, o principal tribunal do país, a exemplo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil, decidiu que os bancos tem o direito de encerrar contas de empresas de Bitcoin já que eles não são regulados pela lei chilena e podem estar associados à lavagem de dinheiro.

Recentemente, como noticiou o Cointelegraph, o Banco Central do Chile (BCC) acredita que as criptomoedas não conseguem substituir o dinheiro tradicional. O documento, que é assinado pelo presidente do banco central, Mario Marcel, foi preparado a pedido do Tribunal de Defesa da Liberdade de Competências (TDLC).

O TDLC é uma instituição independente antimonopólio estabelecida para garantir que as regras de livre concorrência não sejam violadas no Chile. A organização participou ativamente de uma batalha legal recente entre as exchanges cripto da América Latina e os bancos chilenos.

De acordo com o BCC, o Bitcoin (BTC) e outras grandes criptomoedas criadas como alternativas à moeda fiduciária estão agora em um estágio inicial de desenvolvimento. Portanto, é difícil prever se vão ou não continuar evoluindo. No entanto, o próprio BCC se mantém cético quanto ao futuro do setor.

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