A BB Asset, divisão de ativos do Banco do Brasil, revelou com exclusividade ao Cointelegraph Brasil que o fundo de criptomoedas da gestora, o BB Multimercado Criptoativos Full IE, recebeu aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para se tornar um fundo multimercado disponível para o varejo e, desta forma, qualquer pessoa poderá comprar o fundo que tem exposição ao Bitcoin e outros criptoativos.

Isso significa que mais de 5 milhões de clientes da BB Asset podem comprar uma exposição em criptomoedas por meio do fundo que já subiu cerca de 90% (12 meses) e quase 13% somente em março de 2024, acompanhando a alta do mercado cripto.

Para 'capitalizar' com criptomoedas o fundo, Mario Roberto Perrone Lopes, Diretor Comercial BB Asset, revelou que a gestora fez diversas aquisições e alocações em cripto, entre elas, a compra de US$ 1,59 milhão em cotas do Ishares Bitcoin Trust da BlackRock, o famoso ETF spot de BTC da gestora americana.

Segundo Perrone, a compra foi necessária para atender a demanda dos clientes pelo fundo e também as regras da CVM para IE, que determina que a compra de uma porcentagem dos ativos seja feita no exterior.

"Como temos que cumprir esta regra e comprar 'lá fora', é meio que natural, até meio que óbvio, a escolha da BlackRock, que é referência no mundo. Nossa gestão é super séria e competente. Também temos ativos de gestoras brasileiras, como a Hashdex e, como nosso fundo não é 'engessado' então podemos escolher e alocar os ativos onde acreditamos haver segurança, liquidez e oportunidades para o fundo", destacou.

R$ 1,6 trilhão de ativos sob custódia

Atualmente a BB Asset é a maior gestora de ativos no Brasil com mais de R$ 1,6 trilhão de ativos sob custódia, muito a frente da segunda colocada que detém cerca de R$ 800 milhões, e, de acordo com Perrone, a demanda dos clientes por exposição em criptomoedas tem sido grande.

"Criamos este fundo para dar acesso ao investidor ter exposição ao mercado de criptomoedas de uma forma mais simplificada através do fundo. Além disso, ele conta com um gestor profissional escolhendo os ativos e quais alocações, o que é uma diferença muito importante no produto, pois o cotista, ao comprar nosso fundo, ele ganha exposição as criptomoedas com uma gestão profissional escolhendo os principais ativos do mercado", apontou.

Perrone também revelou que o interesse no mercado de criptomoedas segue em alta e que o objetivo do banco é "ter tudo que o cliente desejar" e, por isso a BB Asset conta com mais de 1.300 fundos diferentes.  Além disso, no caso do BB Multimercado Criptoativos, ele será vendido a partir de R$ 0,01, ou seja, com 1 centavo será possível comprar uma exposição em criptomoedas.

"Isso é muito bacana, via de regra os fundos da BB Asset podem ser adquiridos a partir de R$ 0,01, estão com 1 centavo o cliente poderá ter exposição ao mercado de criptomoedas e com uma gestão e expertise de um time eficiente. Este produto antes era acessível somente ao investidor qualificado, mas agora qualquer pessoa vai poder comprar ele na BB Asset", destacou.

A entrada do Banco do Brasil no mercado de criptomoedas começou oficialmente em 2022, quando a instituição lançou o Lentes BB, programa de inovação com foco na tecnologia blockchain. Logo depois o banco já anunciou as regras de seu fundo multimercado de criptomoedas.

Pouco tempo depois, ainda em 2022, o BB anunciou um investimento na Bitfy, e logo depois passou a aceitar Bitcoin como forma de pagamento para alguns impostos recebidos pelo banco. No entanto, antes de sua 'entrada' no ecossistema cripto, já em 2021, a instituição anunciou ações envolvendo o metaverso.