A exchange brasileira Walltime divulgou nesta quarta-feira em sua página no Facebook que está desenvolvendo uma plataforma de negociação de Bitcoins semidescentralizada, conectando contas bancárias e carteiras de Bitcoin.
A ideia da Walltime é que os clientes possam realizar trocas de criptomoedas por reais sem a necessidade de custódia pela exchange.
Por telefone, o fundador da exchange, Felipe Mica, disse que a iniciativa ainda deve levar alguns meses para a implementação e que a ideia é que gradativamente a Walltime passe toda a custódia de Bitcoins aos usuários, garantindo mais segurança para o armazenamento das criptomoedas:
"A gente viu que em 2019 teve muita gente que perdeu Bitcoin confiando a custódia em empresas, perdendo muito dinheiro. A gente buscou uma solução pra isso, que seria a Walltime Zero, com um conceito de que você não precisa ter a custódia das criptomoedas. A empresa vai observar a blockchain, quando acontecer uma transação validada, a exchange vai converter a transação em real. Ela é semidescentralizada porquê a exchange faz essa ponte entre a carteira de Bitcoin e o banco"
Ele disse, também, que apesar do mês de março ter começado com alto volume de transações, nas últimas semanas a exchange teve queda brusca de transações, evidenciando uma crise, segundo ele, sistêmica:
"Até o dia 20 de março o movimento estava bem alto, mas ultimamente caiu drásticamente. Eu acho que essa crise é sistêmica, eu não acredito quando falam que aumentou a procura, conversando com outras exchanges, sei que isso não é verdade. Essa crise vai afetar todo mundo, mas o Bitcoin é uma solução para o longo prazo. Acho que com todo esse dinheiro injetado na economia, teremos inflação, e isso também vai ser muito bom para o Bitcoin".
Por operar com esquema de trabalho em home office, a Walltime diz que seu expediente e serviços não foram afetados pelos efeitos da pandemia do coronavírus no Brasil.
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