Uma criptomoeda portuguesa "solidária" baseada no ecossistema Ethereum já distribuiu quase US$ 1 milhão para projetos de caridade a partir da comissão dos adotantes e seu token nativo, o MUNCH. A notícia é do portal Eco.

A criptomoeda baseada em Ethereum cobra 10% de comissão de seus compradores e reverte 5% do valor para entidades filantrópicas escolhidas pela comunidade.

O contrato inteligente do token destina os montantes automativamente para as entidades de apoio, que a cada mês são votadas pelos usuários na blockchain.

O MUNCH, que é um token DeFi, é negociado na exchange descentralizada Uniswap e é liderada pelo consultor de informática português radicado no Reino Unido, Rodrigo Resende Silva.

Os valores em MUNCH são convertidos em ETH e enviados para uma wallet cripto controlada pelas entidades filantrópicas apoiadas, que podem então liquidar os montantes em moeda fiduciária.

A entidade apoiada pelo MUNCH há alguns meses é a GiveWell, e todos os proprietários do token têm direito a voto. O formato, segundo o fundador, não impede que os votantes escolham uma entidade que não atue com caridade:

“Nada impede. A questão é mesmo essa. A partir do momento em que temos este modelo, a comunidade vai ditar o seu futuro.”

O empresário também alerta que o objetivo do projeto não é arrecadar dinheiro "fácil" de investidores e deve ser visto apenas como uma oportunidade de investimento em ativos alternativos, como acontece com todo o mercado cripto:

“Se seguirmos os padrões de um bom investidor, ninguém deve meter o dinheiro que está a poupar para uma reforma num projeto de DeFi. Tem de ser uma porção mínima do que investimos, porque, idealmente, temos o nosso dinheiro confortável em ações ou fundos”.

Nesta quarta-feira, o perfil oficial do MUNCH no Twitter anunciou que estava chegando perto de US$ 1 milhão em doações para a GiveWell em duas semanas:

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