Durante o Febraban Tech, realizado nesta terça, 10, a Bolsa de Valores do Brasil, B3, confirmou o lançamento dos futuros de Ethereum e Solana na segunda-feira, 16.

“A B3 disponibiliza novos instrumentos de derivativos de criptomoedas para atender à crescente demanda por produtos ligados a criptoativos, trazendo mais inovação e sofisticação aos nossos produtos, além de oferecer mais alternativas aos investidores familiarizados com a tecnologia blockchain contra a variação de preços dos ativos digitais, de forma regulada e segura”, afirmou Marcos Skistymas, Diretor de Produtos da B3.

Diferentemente do Futuro de Bitcoin que é negociado em reais, os contratos Futuros de Ethereum e Solana terão a cotação em dólares americanos. Os novos contratos futuros serão referenciados pelos índices Nasdaq Ether Reference Price e Nasdaq Solana Reference Price, respectivamente.

O contrato de Ethereum terá um tamanho de 0,25 Ether, enquanto o tamanho do contrato de Solana é de 5 SOL. Os resultados financeiros das negociações ocorrem sobre a variação dos preços das criptomoedas. Os vencimentos dos novos derivativos ocorrem na última sexta-feira de cada mês. A expectativa é que ocorra um bom volume de negociação embora menor que o de Futuros de Bitcoin.

A CVM também aprovou a redução do tamanho do contrato do Futuro de Bitcoin em dez vezes. Atualmente, o contrato Futuro de Bitcoin equivale a 0,1 Bitcoin (cerca de R$ 56 mil) e passará a valer 0,01 Bitcoin (cerca de R$ 5,6 mil). A redução passa a valer em 16 de junho.

B3 prepara futuros de outras criptomoedas

Além disso, a bolsa brasileira já está planejando expandir a oferta de derivativos de criptomoedas em sua plataforma de negociação.

“Já estamos avaliando o que podemos lançar além de Ethereum e Solana, provavelmente no ano que vem, talvez um top 5 ou top 10 de criptoativos mais negociados no mundo", revelou Felipe Gonçalves, head de produtos da B3.

Caso a iniciativa seja levada adiante, os investidores do mercado tradicional poderão negociar derivativos de altcoins como o XRP, BNB e até da memecoin Dogecoin, que são as criptomoedas que integram o Top 10 seja do Coinmarketcap ou do Coingecko.

Gonçalves justificou a expansão da oferta de derivativos de criptomoedas na B3 ao sucesso dos futuros de Bitcoin e dos 19 ETFs temáticos de criptomoedas disponíveis, hoje, aos investidores:

“Já estamos em um estágio bem interessante, até aqui, da negociação dos contratos de Bitcoin e fazia todo sentido olharmos também para Ethereum e Solana.”

A expansão além destes três ativos também permitirá que traders profissionais montem estratégias mais sofisticadas de investimento, operando vendidos em uma criptomoeda e comprados em outra, disse Gonçalves.

“Para esse tipo de estratégia é importante ter uma quantidade maior de moedas", argumentou.

No entanto, Gonçalves disse que a eventual expansão do portfólio de derivativos de criptomoedas da B3 será gradual e dependerá da receptividade e da liquidez dos novos produtos no mercado.