De acordo com os desenvolvedores da Ethereum 2.0, a rede de testes Spadina é provavelmente a última chance para os potenciais stakers de Ether (ETH) testarem o depósito e as ferramentas de lançamento antes da geração da Fase 0.

O teste tem sido muito bem-sucedido, pois nenhum problema importante foi encontrado no processo de depósito e o client conseguiu lidar com os blocos com sucesso. 

A fase 0 não deve afetar o ecossistema Ethereum imediatamente. A Ethereum 2.0 está sendo desenvolvida para melhorar a "simplificar, dar resiliência, longevidade, segurança e descentralização" ao protocolo do Ethereum. Sua implementação é planejada em várias etapas e fases. Mas qual será o impacto dessa atualização sobre o ecossistema e no valor do ETH?

O que é Ethereum 2.0?

Como o nome sugere, Ethereum 2.0 é a segunda iteração apresentado à rede e protocolo do Ethereum - e dado como ele está vinculado à segunda maior criptomoeda do mundo por capitalização de mercado, é crucial que o lançamento ocorra sem problemas.

Uma grande diferença que veremos no lançamento do Ethereum 2.0 é um afastamento do Proof-of-Work (POW), um mecanismo de consenso que ele usa igualmente como o Bitcoin. No Ethereum 2.0, a mineração será uma coisa do passado conforme o foco mudar para a Proof-of-Stake (POS), ou prova de participação. Analisamos o impacto econômico dessa mudança em um artigo anterior.

A validação das transações não dependerá mais do poder de computação - e os defensores acreditam que a atualização acabará por tornar o Ethereum 2.0 muito mais seguro. Outra grande melhoria poderia ser um aprimoramento da eficiência energética, especialmente considerando que há preocupações crescentes sobre quanta eletricidade é consumida para se manter uma rede blockchain, em especial a do Ethereum e do Bitcoin, que são as dominantes.

Contudo, o Ethereum 1.0 veio para ficar - para sempre e não será descartado como se imagina. A razão é que o Ethereum 2.0 serve simplesmente como uma transição natural desde o Ethereum 1.0. 

O Ethereum1.0 é uma plataforma de staking que possibilita o lançamento da Ethereum 2.0, que usa um mecanismo de consenso de prova de participação. Como tal, as duas plataformas estarão intimamente conectadas: “Ethereum 2.0 voltará ao Ethereum 1.0 e finalizará os blocos lá, permitindo maior segurança e produção de problemas de blocos no Ethereum 1.0”, afirma Joseph Lubin, desenvolvedor Ethereum da Consensys. 

Lubin também mencionou que a Ethereum 2.0 será o “maior e mais sofisticado aplicativo DeFi” da Ethereum 1.0, entrevista recente aqui no Cointelegraph.
Além disso, a Ethereum 2.0 fornecerá recursos como maior escalabilidade, taxa de transferência e segurança para a rede pública principal do Ethereum, todos ausentes na Ethereum 1.0. A tão esperada cadeia de beacon servirá como a espinha dorsal da Ethereum 2.0.

Portanto, as duas redes conviverão ao mesmo tempo e uma não exclui a outra, como alguns imaginavam.

O impacto sobre o ecossistema

Com o lançamento do ETH 2.0 (entre outras melhorias), veremos o ETH aumentar drasticamente seu binômio taxa/adoção e, portanto, sua viabilidade comercial e de consumo. Altas taxas de gás, altos custos de transação, longa espera em dApps: tudo isso deve ser corrigido, mesmo em um mercado movimentado. Portanto, a adoção dos protocolos DeFi será favorecida pela adoção da ETH 2.0. 

Com o incremento da rede, dos processos e da capacidade de escala do Ethereum, segundo a Lei de Metcalfe, haverá um ganho sobre o valor do Ether, à medida que sua rede se disseminar e se tornar mais robusta e rica em termos de empresas e geração de valor.

Segundo o conceito da Lei de Metcalfe, que é atualmente aplicada às redes de telecomunicações, o valor de uma rede é medido pela sua capacidade de criar nós, podendo ser também aplicada às redes blockchain como a do Ethereum.

Imagem: Twitter

Simplificando, quanto maior a demanda real para usar o sistema, mais o preço sobe, porque há um valor real subjacente sendo criado para o usuário.
Usando a Lei de Metcalfe como parâmetro, levando em consideração o valor de uma rede é a soma do quadrado da quantidade de usuários desta, a rede Ethereum que é conceitualmente um grande computador distribuído ganhará escala com a atualização e seu impacto sobre o preço também poderá ser sentido diretamente sobre o seu valor. Conforme já vem sendo estudado por diversas casas de pesquisas.

Imagem: Messari

Se analisarmos todo esse contexto pelo viés da especulação financeira, o Ether pode estar em seu melhor preço de compra, com uma tendência potencial de valorização de pelo menos 2 vezes seu valor atual.

Porém, é importante destacar que não se trata de uma recomendação de compra, mas sim uma indicação de tendência.

LEIA MAIS