O domínio do Bitcoin no Brasil vai muito além de seu preço no mercado. Ele também se reflete no interesse do público, e dados recentes confirmam essa liderança absoluta.

Uma análise do Google Trends feita pelo Casinos Blockchain e compartilhada com o Cointelegraph Brasil revela como os brasileiros pensam, pesquisam e investem em criptomoedas, mostrando um distanciamento crescente entre o Bitcoin e as demais moedas digitais.

Os números são claros. Em 100% das semanas entre janeiro de 2024 e agosto de 2025, o Bitcoin se manteve como a criptomoeda mais pesquisada no país. Nenhum altcoin chegou perto: mesmo no momento de menor interesse, o Ethereum ficou 17 vezes atrás em volume de buscas.

O estudo também mostra que 83,6% dos brasileiros que investem em cripto possuem Bitcoin, enquanto apenas 49,2% têm algum altcoin. Além disso, três em cada quatro afirmam que o Bitcoin representa a maior parte de seu portfólio, contra apenas 15% que dizem o mesmo sobre o Ethereum.

Principais destaques

  • 83,6% vs. 49,2%: Oito em cada dez detentores possuem Bitcoin, enquanto apenas cerca de metade possui Ethereum ou qualquer outro altcoin.

  • Domínio nas buscas: De jan/2024 a ago/2025, o Bitcoin liderou o Google Trends todas as semanas. Nenhum altcoin chegou perto — mesmo no ponto mais baixo do Bitcoin (índice 34 em out/2024), o Ethereum marcou apenas 2 (~17× menor).

  • 75% vs. 15%: Três quartos dizem que o Bitcoin é a maior parte de seu portfólio, contra apenas 15% que citam um altcoin.

  • Investimentos esfriando: Apenas 11,6% aumentaram seus gastos com Bitcoin em relação ao ano anterior; 38% reduziram. O gasto com altcoins teve aumento de 15%, contra uma queda de 25%.

  • Motivações divergentes: Dois terços compram Bitcoin pela segurança e valor de longo prazo, enquanto 70% compram altcoins em busca de altos lucros e 57% pela diversificação.

  • Percepção de risco importa: 42% veem memecoins como apostas e 39% consideram tokens novos ou desconhecidos como arriscados.

  • Cripto para apostas ainda é nicho: Apenas 8% usam regularmente para apostas.

83,6% possuem Bitcoin

A adoção do Bitcoin no Brasil é ampla e atravessa todas as idades, enquanto os altcoins são notavelmente mais populares entre homens mais jovens.

A queda acentuada na posse de altcoins com a idade sugere que o apetite por risco e a familiaridade com projetos emergentes são maiores entre os mais jovens.

Homens tendem mais a altcoins do que mulheres, o que aponta para possíveis diferenças nos objetivos de investimento ou participação em comunidades.

Posse por faixa etária

  • Bitcoin: 81% (18–24), 83,9% (25–34), 83,1% (35–44), 88,9% (45–54), 72,7% (55–64)

  • Altcoins: 81% (18–24), 73,1% (25–34), 67,4% (35–44), 58,3% (45–54), 36,4% (55–64)

Posse por gênero

  • Bitcoin: 84,3% dos homens, 82,7% das mulheres

  • Altcoins: 75% dos homens, 59% das mulheres

75% dizem que Bitcoin é seu principal investimento

A maioria dos investidores brasileiros não só começa com Bitcoin, como também o mantém como pilar do portfólio.

Altcoins raramente ocupam a posição principal, e os níveis de confiança refletem essa hierarquia. Essa dominância reforça o papel do Bitcoin como primeiro investimento e reserva de longo prazo, enquanto outras moedas funcionam como complemento.

Composição do portfólio

  • 75% dizem que o Bitcoin é a maior parte de seus ativos

  • 15% dizem ser a Ethereum

  • menos de 5% citam USDC, Solana, Tether ou outro altcoin

Jornada de investimento

  • 87% começaram com Bitcoin

  • 9% começaram com altcoins

  • 4% começaram com ambos, simultaneamente

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100% das semanas lideradas pelo Bitcoin

O interesse público acompanha o Bitcoin muito mais de perto do que qualquer altcoin, e essa diferença não diminui, mesmo quando preço e interesse no BTC caem.

Na comparação, a busca por altcoins aparece quase plana, sugerindo que o ciclo de notícias e hype no Brasil continuam centrados no Bitcoin.

Domínio absoluto

  • Bitcoin foi #1 em buscas todas as semanas entre jan/2024 e ago/2025

  • Nenhum altcoin chegou perto

  • Menor índice do BTC = 34 (out/2024) vs. ETH em 2 (~17× menor)

Popularidade relativa

  • Bitcoin: índice 30–100

  • Ethereum: índice 3–6 (máx. 8)

  • Solana: índice 1–3 (máx. 5)

  • USDT e USDC: raramente chegam a 1

  • “Altcoin” genérico:

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Apenas 11,6% aumentaram gastos com Bitcoin

Os padrões de gastos revelam um cenário de cautela, com mais investidores reduzindo do que aumentando suas alocações em cripto. Embora as altcoins tenham mostrado um equilíbrio um pouco melhor que o Bitcoin, a tendência geral indica queda de entusiasmo em relação ao ano anterior.

Variação anual do Bitcoin

  • Aumento de gastos: 11,6%

  • Redução de gastos: 38%

  • Sem mudança: ~50%

Variação anual das altcoins

  • Aumento de gastos: 15%

  • Redução de gastos: 25%

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Segurança impulsiona compra de Bitcoin

O Bitcoin é amplamente visto como um ativo de proteção e uma inovação tecnológica, o que explica sua alta confiança de longo prazo.

Ainda assim, quase metade dos detentores também busca ganhos rápidos com BTC, mostrando que ele cumpre papel tanto defensivo quanto especulativo.

Já as altcoins atraem principalmente quem busca maiores retornos e diversificação, muitas vezes ligados à visão de projetos específicos.

Motivações para Bitcoin:

  • Segurança/reserva de valor — 66%

  • Interesse na tecnologia — 47%

  • Lucro rápido — 47%

  • Influência de amigos/mídia — 21%

Motivações para altcoins:

  • Alto potencial de lucro — 70%

  • Diversificação do portfólio — 57%

  • Interesse no projeto — 34%

  • Influência de amigos/mídia — 15%

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42% veem memecoins como apostas

Os investidores brasileiros diferenciam claramente moedas consolidadas de apostas especulativas.

Enquanto Bitcoin e Ethereum são amplamente vistos como seguros, novos projetos e memecoins carregam forte estigma de risco, o que pode moldar o comportamento do mercado e necessidades educacionais.

Percepção de risco

  • Memecoins: 42%

  • Altcoins novas/desconhecidas: 39%

  • Bitcoin: 14%

  • Ethereum: 12%

  • USDC: 11%

  • Tether: 9%

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Apenas 8% usam cripto regularmente para apostas

Apesar da reputação do cripto para apostas rápidas e privadas, o uso regular é raro no Brasil. A maioria mantém as moedas como investimento, sendo mais comum vender para despesas do que para jogos de azar.

Padrões de uso

  • Nunca venderam cripto para pagar contas: 53%

  • Venderam Bitcoin para despesas: 34%

  • Venderam altcoins para despesas: 13%

  • Usam para apostas regularmente: 8%

  • Usam para apostas ocasionalmente: 20%

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De acordo com a Casinos Blockchain, combinados, os dados da pesquisa e das tendências de busca mostram que o Bitcoin lidera entre os brasileiros em posse, participação no portfólio, confiança e atenção pública.

‘Os altcoins ainda têm seu papel na busca por lucro e diversificação, mas seu perfil público modesto sugere que carecem de força de marca para desafiar o Bitcoin. Com os investimentos esfriando, 2025 tende a manter o Bitcoin como âncora segura, enquanto os altcoins permanecem apostas seletivas e de maior risco”, finaliza