A disseminação do coronavírus no Brasil, especialmente na cidade de São Paulo (SP), já leva as empresas de criptomoedas do país a adotarem medidas para evitar a disseminação do vírus entre seus funcionários.
O Cointelegraph Brasil falou com algumas das maiores empresas do país que operam criptomoedas, com a maioria dizendo que, apesar do pânico em redes sociais e grupos de WhatsApp, ainda não têm sido afetadas pelo vírus, mas já preparam medidas para enfrentar a crise da pandemia.
O gestor da BLP Asset, Alexandre Vasarhelyi, disse que por enquanto a chegada do vírus ao país "muda pouco", mas os funcionários se preparam para trabalhar de casa. Ele também aproveitou para comentar o comportamento dos mercados:
"Para nós muda pouco, estamos nos preparando para fazer Home Office mas por enquanto vida normal no escritório e nos mercados. A grande vantagem do nosso mercado é que já estamos acostumados com volatilidade acima de 100%"
Já a exchange Mercado Bitcoin ressaltou através de sua assessoria que não há suspeitas entre seus colaboradores e que a equipe também se prepara para atuar remotamente:
"O Mercado Bitcoin não tem nenhum caso entre seus colaboradores, até o momento. Mas já está preparado para prosseguir com as atividades remotamente, caso isso seja necessário."
A exchange Novadax informou ao Cointelegraph Brasil que o departamento de Recursos Humanos estuda implantar home office no escritório no Brasil. Na China, matriz do Abakus Group, controladora da exchange, reveza suas equipes em turnos e tem colaboradores comparecendo apenas duas vezes na semana ao escritório. A empresa também tem uma equipe especial para treinamento de funcionários "com as informações confidenciais que não podem ser realizados de forma remota".
O country manager para o Brasil exchange Ripio, Ricardo Da Ros, detalhou as medidas da exchange, que tem base na Argentina:
"Temos políticas internas sobre isso, lançadas na última terça-feira (10). Todas as viagens estão proibidas, participação em eventos proibida, quem teve viagem de férias ou algo assim fica de home office por 14 dias. Além disso estamos avaliando a necessidade de decretar home office geral caso a situação piore"
Já o general manager do hub de criptoinvestimentos Sppyns Cryptoinvestments, com sede no Crypto Valley em Zug, na Suíça, Rodrigo Csizmar Borges, disse que adiou seu retorno à Europa pelo coronavírus, que os funcionários estão evitando deslocamentos dentro das cidades e que os executivos estão cancelando participações em eventos e viagens internacionais.
A Walltime disse que já adota esquema de trabalho remoto em seu expediente e que portanto suas atividades não estão sendo afetadas. Já a Bitcoin Trade disse que seguirá as orientações do Ministério da Saúde e que a situação por enquanto é de tranquilidade:
"A BitcoinTrade seguirá todas as orientações de acordo com as notas oficiais do Ministério da Saúde. Em princípio, a situação encontra-se estável no Rio de Janeiro e, por conta disso, seguiremos sem alterações."
O Cointelegraph Brasil também questionou a exchange Fox Bit sobre medidas adotadas para conter a disseminação do coronavírus. Esta matéria será atualizada quando houver resposta.