Os salvadorenhos ainda não se acostumaram com a adoção do Bitcoin como moeda legal no país, com uma pesquisa recente revelando que 92% não realizam transações utilizando a criptomoeda.

Apenas 7,5% dos entrevistados em uma pesquisa de 10 de outubro realizada pela Universidade Francisco Gavidia, de San Salvador, afirmaram usar Bitcoin (BTC) para fazer transações, enquanto 0,5% escolheram não responder à pergunta.

Os resultados mais recentes sugerem um ligeiro declínio no uso do Bitcoin na nação centro-americana. Uma pesquisa anterior, feita pelo instituto de opinião pública da Universidade da América Central, descobriu que 88% dos salvadorenhos não usavam Bitcoin para transações em 2023.

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92% dos salvadorenhos entrevistados disseram que não usam Bitcoin para transações. Fonte: UFG

A pesquisa entrevistou 1.224 cidadãos adultos de El Salvador, fazendo perguntas sobre suas preocupações políticas e econômicas mais urgentes.

Cerca de 60% dos entrevistados disseram que o país estava seguindo o curso certo e expressaram forte aprovação ao presidente Nayib Bukele.

Ainda assim, a pesquisa revelou que apenas 1,3% disseram que o Bitcoin deveria ser a "principal aposta" para o futuro do país, com os entrevistados dizendo, em sua maioria, que educação e indústria deveriam ser o foco principal.

Bukele foi eleito em junho de 2019 e liderou uma controversa, mas popular, repressão às gangues criminosas organizadas, que levou à prisão de cerca de 1% da população do país.

Os salvadorenhos apoiaram amplamente a medida, mas a repressão de Bukele foi criticada por grupos de defesa dos direitos humanos, que alegaram que houve pouco devido processo e tratamento generalizado inadequado dos presos.

Em setembro de 2021, Bukele moveu El Salvador para se tornar o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda legal e, desde então, tem tentado atrair capital estrangeiro, oferecendo visto de “Liberdade Bitcoin” e prometendo desenvolver uma Bitcoin City.

Bukele foi empossado para um segundo mandato de cinco anos como presidente em junho, prometendo posicionar o país como um “líder mundial” em várias indústrias, incluindo cripto.